O exército israelense demoliu centenas de prédios em Gaza em uma área de até 1 km da cerca de fronteira, com intuito de criar uma “zona neutra” na região despovoada, relatou o jornal The Wall Street Journal ao citar um novo estudo da Universidade Hebraica de Jerusalém.
O estudo, realizado ao analisar imagens de satélite, mostra que 40% dos 2.824 prédios situados no perímetro foram destruídos desde 7 de outubro.
“Tudo foi aplainado. Era quase tudo agrário. Agora é uma zona militar, uma terra de ninguém”, comentou um soldado, segundo a pesquisa.
Perto de Khan Younis, cidade densamente povoada no sul de Gaza, alvo de brutais bombardeios há semanas, 67% dos prédios a até 1 km da fronteira nominal israelense foram destruídos.
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A medida contradiz alertas de Washington, que pede a Israel que evite ações que incorram em uma redução drástica e duradoura do território palestino. Contudo, confirma intento de limpeza étnica e transferência compulsória da população nativa.
Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro. Números atualizados nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Saúde local apontam ao menos 25.700 mortos e 63.740 feridos. Dois milhões de pessoas foram desabrigadas, com 60% da infraestrutura civil destruída.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.