Forças israelenses entraram no Hospital Al-Khair, entre as cidades de Khan Younis e Rafah, na região sul da Faixa de Gaza, reportou nesta quarta-feira (24) o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Segundo relatório, três hospitais e uma sede de ambulâncias continuam sitiados.
Israel mantém ataques aos arredores dos hospitais Nasser, Al-Amal e Al-Aqsa, na cidade de Khan Yunis, além de uma garagem de ambulâncias do Crescente Vermelho palestino.
Segundo o alerta das Nações Unidas, “ninguém pode entrar ou sair” do Hospital Nasser, sob bombardeios intensos, incluindo 400 pacientes de diálise que exigem tratamento.
“Conforme os relatos, equipes de saúde estão escavando valas comuns nos pátios do centro médico, ao antecipar um alto índice de baixas e necessidade de administrar sepultamentos”, comentou o OCHA.
Segundo Jagan Chapagain, secretário-geral da Federação Internacional da Cruz e Crescente Vermelho, os ataques à sede da organização em Khan Yunis, dentre outras instalações civis, “põem muitas vidas em risco”.
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Chapagain advertiu que a situação continua a “escalar dramaticamente”.
“Estou profundamente preocupado com a segurança de nossos profissionais e voluntários”, afirmou Chapagain da rede social X (Twitter).
Disparos israelenses mataram ao menos três civis palestinos que se abrigavam na sede local do Crescente Vermelho na terça-feira (23).
O oficial da agência Nebal Farsakh advertiu para “ataques sistemáticos” à organização pelos soldados da ocupação.
Israel mantém bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, deixando mais de 25 mil mortos, 60 mil feridos e dois milhões de desabrigados — em maioria, mulheres e crianças.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.