A Campanha de Solidariedade Palestina (CSP), sediada em Londres, reiterou que as implicações das medidas cautelares deferidas pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre os crimes de Israel em Gaza são “sísmicas”, após a corte emitir sua primeira decisão sobre o caso nesta sexta-feira (26).
“O Tribunal Internacional de Justiça considerou que as evidências dos crimes israelenses contra os palestinos de Gaza são plausíveis e, portanto, podem constituir genocídio — isto é, o crime de todos os crimes”, declarou a organização na rede social X (Twitter).
O grupo é um dos organizadores dos sucessivos protestos de massa que tomaram cidades em todo o Reino Unido desde outubro, quando Israel deflagrou seus ataques.
Segundo a organização, “as implicações [da decisão de Haia], incluindo para o governo do Reino Unido, são sísmicas”. O governo britânico de Rishi Sunak é considerado cúmplice das violações em Gaza, ao prover apoio material e diplomático a Israel e obstruir um cessar-fogo.
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O Tribunal Internacional de Justiça ordenou Tel Aviv a assumir “todas as medidas em seu poder” para impedir e punir atos de genocídio cometidos por suas forças em Gaza, apesar de não reivindicar expressamente um cessar-fogo.
O processo sul-africano em um dos maiores fóruns internacionais, contudo, é visto como duro golpe de relações públicas a Israel e vitória moral. As partes apresentaram seus argumentos em 11 e 12 de janeiro, durante audiências públicas.
A corte determinou jurisdição e plausibilidade para seguir com o inquérito. O processo deve durar anos.
Israel mantém ataques a Gaza desde outubro, com 26.083 mortos e 64.478 feridos, na maioria, mulheres e crianças. As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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