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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Iraque e EUA concordam em negociar retirada da coalizão americana

Tropas americanas em uma base militar iraquiana, em 30 de março de 2020 [Zaid al-Obeidi/AFP/Getty Images]

Estados Unidos e Iraque concordaram em estabelecer um comitê para lançar negociações sobre o futuro da coalizão militar americana no país árabe, com objetivo de adotar um cronograma para uma retirada escalonada das tropas ocidentais, reportou o Ministério de Relações Exteriores em Bagdá, segundo informações da agência de notícias Reuters.

Dois mil e quinhentos soldados americanos continuam no Iraque, em função de assessoria ou assistência direta a forças locais, sob o pretexto de impedir um ressurgimento do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico), que tomou grande parte do país em 2014.

Centenas de soldados de países europeus e outros também são parte da coalizão.

O governo iraquiano reafirma que o Daesh foi derrotado e que o trabalho da coalizão, portanto, se encerrou. No entanto, reitera que quer explorar relações bilaterais com países-membros, incluindo cooperação militar, treinamento e troca de equipamentos.

O Iraque argumenta que a presença da coalizão se tornou catalisador da instabilidade regional, em meio a ataques quase diários de grupos paramilitares ligados a Teerã contra bases que abrigam forças americanas, que buscam retaliar com veemência — sobretudo desde o início da escalada israelense a Gaza, em outubro último.

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Neste mês, o premiê iraquiano Muhammad al-Sudani anunciou a formação de um comitê bilateral para dar fim à presença militar estrangeira no país.

“O comitê garante transição a relações bilaterais abrangentes com os países da coalizão, nos níveis político, econômico, cultural, militar e de segurança em geral, consistente com a perspectiva de governo para o país”, declarou al-Sudani, na ocasião.

As conversas devem ocorrer entre oficiais militares, com intuito de avaliar os requisitos operacionais e a eficácia das forças nacionais diante de ameaças em potencial, sobre os quais ambas as partes devem determinar quão célere será a retirada e como será seu relacionamento a partir de então.

Oficiais de Washington e Bagdá dizem esperar que o processo dure meses, sem especificar, portanto, se um recuo americano é iminente ou não.

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