O trabalhador humanitário e cidadão palestino-canadense, Mansour Shouman, está desaparecido em Gaza desde domingo (21), reportou sua mãe.
Mansour ajudava a distribuir assistência à população carente em Gaza e estava situado no Hospital Nasser de Khan Yunis, quando forças da ocupação israelense impuseram um cerco e uma série de ataques a um dos últimos complexos de saúde ainda operantes no território costeiro.
Segundo os relatos, Mansour tentou fugir a Rafah, mas desapareceu desde então.
Em um apelo emocionado compartilhado nas redes sociais nesta quinta-feira (25), sua mãe reiterou que a família não conseguiu contato com Mansour.
“Não é normal para ele. Ele nunca se esquece de sua mãe, sua esposa e seus filhos. Ele nos ligava todos os dias mesmo se não tivesse serviço de internet”, alertou a mãe, ao pedir quaisquer informações ou contatos diplomáticos que possam levar ao paradeiro de Mansour.
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Segundo ela, Mansour “faria o impossível para falar conosco [via vídeo], para levar a todos força, coragem e positividade”.
“Mansour nunca se esquecia de ninguém e nós não vamos abandoná-lo ou esquecê-lo”, acrescentou.
A esposa e os cinco filhos de Mansour estiveram entre os primeiros cidadãos canadenses evacuados de Gaza, em novembro. Na ocasião, ele disse à BBC que sentia responsabilidade de ficar e documentar os eventos a seu redor.
“Enquanto 2.3 milhões de pessoas estiverem sofrendo, creio que é minha obrigação moral e humanitária ficar aqui e contar a verdade a todos”, observou Mansour.
Israel mantém bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, deixando 25 mil mortos, 60 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.