O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, da linha dura, disse ontem que seu Partido Sionista Religioso não concordaria com a suspensão da guerra em Gaza e pediu o domínio militar israelense do enclave após a guerra e a expulsão da UNRWA de lá, informou a agência de notícias Anadolu.
Smotrich fez a declaração durante uma reunião com o partido no Knesset, segundo o Channel 12.
Ele disse que interromper a guerra em Gaza por dois meses significaria perder as conquistas do exército israelense no local e permitiria que o Hamas restabelecesse seu domínio.
“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deveria se retirar das sessões da Corte Internacional de Justiça em Haia, especialmente porque há vários países que querem receber os residentes da Faixa de Gaza”, disse Smotrich.
Seus comentários vieram em reação a relatos na mídia israelense de que Tel Aviv e o Hamas estão próximos de chegar a um acordo de cessar-fogo que incluiria uma troca de prisioneiros.
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“Haverá um governo militar israelense em Gaza porque todos nós concordamos com isso”, disse Smotrich em uma entrevista ao Channel 12 no sábado.
Ele também se manifestou contra a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), dizendo que ela deveria ser expulsa de Gaza e da Cisjordânia ocupada.
Israel alegou que alguns dos funcionários da agência estavam envolvidos na infiltração de 7 de outubro em Israel por combatentes da resistência palestina, durante a qual mais de 240 israelenses e estrangeiros foram feitos prisioneiros de guerra e mantidos em Gaza.