O Centro de Retorno Palestino (PRC) em Londres enviou um documento de defesa a parlamentares, diplomatas de alto escalão e partes interessadas no Reino Unido e em Genebra, sobre o uso deliberado da fome por Israel como arma de guerra contra os palestinos em Gaza.
Citando dados da ONU, a PRC disse que Israel tem negado deliberadamente aos palestinos de Gaza o acesso a alimentos e água, enquanto prossegue com seus ataques genocidas à Faixa. De acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), atualmente mais de 500.000 palestinos estão classificados como enfrentando níveis de fome e “fome catastrófica”.
A PRC se referiu às estatísticas do Escritório da ONU para a Coordenação de Atividades Humanitárias (OCHA), que confirmou que apenas 15 padarias estavam em funcionamento na Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de pessoas. Nenhuma padaria está funcionando no norte de Wadi Gaza. Atualmente, Gaza está sofrendo a pior crise de fome do mundo, que é uma tentativa deliberada da IOF de destruir todos os elementos que sustentam a vida da população.
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“A Human Rights Watch já havia dado o alarme no final de 2023 de que Israel estava usando a fome como arma de guerra. As Forças de Ocupação de Israel (IOF) impuseram um ‘bloqueio total’ em 9 de outubro, permitindo apenas a entrada de ajuda humanitária limitada em Gaza através da passagem de Rafah para o Egito”, acrescentou.
A PRC disse que, desde 7 de outubro, políticos e oficiais militares israelenses fizeram declarações “mostrando claramente sua intenção de privar os civis de Gaza de alimentos, água e combustível”.
O grupo de direitos humanos pediu à comunidade internacional que imponha um cessar-fogo e pressione Israel a permitir imediatamente a entrada de ajuda humanitária e alimentar para os palestinos em Gaza.