Sem cessar-fogo em Gaza, sem negociações, diz movimento de Jihad Islâmica

O movimento palestino de Jihad Islâmica reiterou nesta terça-feira (30) sua oposição a qualquer negociação sobre a soltura dos prisioneiros de guerra israelenses detidos em Gaza antes de um cessar-fogo abrangente no território sitiado, incluindo retirada completa das forças ocupantes e planos delineados de reconstrução.

As informações são da agência de notícias Safa.

Ziad al-Nakhalah, secretário-geral do movimento, reforçou em nota: “Não nos engajaremos em qualquer acordo sem assegurar um cessar-fogo abrangente, retirada das forças e reconstrução, assim como uma solução política clara que assegure os direitos do povo palestino”.

Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, afirmou ainda ontem que sua organização recebeu uma nova proposta de cessar-fogo após conversas em Paris e prometeu estudá-la. Haniyeh visitará o Cairo, capital do Egito, para debater o plano, segundo informações da agência Reuters.

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Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do braço armado do Hamas que capturou colonos e soldados. O governo em Tel Aviv sofre pressão para negociar sua libertação; no entanto, rejeita a condição de cessar-fogo para tanto.

Estima-se cerca de 150 israelenses ainda retidos em Gaza como prisioneiros de Gaza. A título de comparação, são quase dez mil prisioneiros políticos nas cadeias de Israel — metade dos quais, capturados nos últimos três meses.

A maioria dos palestinos permanece em custódia sob detenção administrativa, sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.

Os ataques a Gaza deixaram 26 mil mortos e 65 mil feridos até então — em maioria, mulheres e crianças — além de dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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