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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel recusa acesso humanitário a Gaza por razões ‘pouco claras’, alerta ONU

Tropas israelenses bloqueiam acesso de caminhões humanitários a Gaza, na travessia de fronteira Kerem Shalom (Karem Abu Salem), em 22 de dezembro de 2023 [Enes Canli/Agência Anadolu]

“Israel está recusando a entrada de um volume considerável de assistência humanitária a Gaza por razões pouco claras”, advertiu nesta quarta-feira (31) Martin Griffiths, subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários, em coletiva de imprensa.

“Continuamos a enfrentar frequente negativa ao acesso de itens essenciais a Gaza por parte de Israel, por razões pouco claras, incoerentes e, muitas vezes, nada específicas”, reiterou Griffiths. “Também precisamos ter acesso a civis de todo o território, mas, no momento, nosso acesso a Khan Younis, à região central e ao norte de Gaza é praticamente inexistente”.

“A capacidade da comunidade humanitária de chegar ao povo de Gaza com assistência continua grosseiramente imprópria”, acrescentou. “E isso não se deve a falta de tentativa”.

Griffiths enfatizou o direito de retorno de todos os palestinos deslocados pelos bombardeios de Israel a suas casas e terras, incluindo no norte de Gaza, conforme as determinações da lei internacional.

LEIA: Ministros israelenses participam de evento para reassentamento em Gaza

A obstrução israelense ao acesso humanitário se intensificou em retaliação a uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, deferida na sexta-feira (26), para que o regime ocupante impeça atos de genocídio e permita maior assistência aos refugiados.

A ocupação deve emitir um relatório sobre a matéria a Haia dentro de um mês; todavia, parece não acatar as medidas cautelares até então.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 27 mil mortos e 65 mil feridos — na maioria, mulheres e crianças. Cerca de 60% da infraestrutura civil foi destruída, deixando dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são crime de guerra e lesa-humanidade.

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