O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse às famílias dos prisioneiros mantidos pela resistência palestina na Faixa de Gaza que aprovaria um acordo de troca de prisioneiros com o Hamas, desde que não prejudicasse a segurança de Israel. Ele acrescentou que aprovaria o acordo “mesmo que isso levasse ao colapso do governo”, de acordo com o Canal 12.
O canal israelense explicou que Netanyahu se reuniu com representantes de 18 famílias de prisioneiros na noite de quarta-feira, em uma reunião tensa na qual ele prometeu promover o acordo com o Hamas para libertar os detidos. Embora isso fosse independente das considerações de seu governo de coalizão, não poderia ser “a qualquer preço”.
As famílias exigiram que Netanyahu aceitasse o acordo mesmo à custa da dissolução de sua coalizão, ao que ele respondeu: “Se houver um bom acordo para o Estado de Israel, para o retorno dos reféns e para alcançar os objetivos da guerra, então farei isso. Não me importo com a continuação da coalizão, mas se eu acreditar que isso coloca a segurança de Israel em risco ou não atinge os objetivos que queremos, não o farei”.
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Além disso, as famílias solicitaram que o acordo não fosse feito em etapas, como no acordo anterior. O canal explicou que o primeiro-ministro não entrou em detalhes, mas disse que “o retorno dos reféns deve ocorrer em etapas dentro de um acordo”.
A questão dos reféns deve ser colocada no topo da lista de prioridades, tendo em vista o tempo já perdido, insistiram as famílias. Em resposta, Netanyahu se referiu aos três objetivos da guerra: desmantelar o Hamas, devolver os reféns e desarmar a Faixa de Gaza. “Não se pode atingir um objetivo à custa de prejudicar os outros objetivos.”