O movimento Hamas, que governa a Faixa de Gaza sitiada, voltou a empregar agentes policiais e reaver parcialmente a remuneração de funcionários públicos na Cidade de Gaza, nas áreas das quais se retirou o exército israelense em janeiro, reportaram oficiais locais no último sábado (3), segundo informações da rede de notícias Associated Press.
Segundo a reportagem, os sinais da ressurgência do Hamas na maior cidade de Gaza confirmam a resiliência do grupo, apesar das promessas israelenses de desmantelá-lo ao realizar operações genocidas na Faixa de Gaza ao longo dos últimos quatro meses.
Nos últimos dias, forças coloniais retomaram ataques aéreos à periferia norte e oeste da Cidade de Gaza. Quatro residentes afirmaram à Associated Press que, contudo, policiais uniformizados voltaram a patrulhar as ruas próximas à delegacia central e outros prédios públicos.
Um residente relatou à agência que funcionários do governo, incluindo policiais e trabalhadores da prefeitura, voltaram a receber pagamentos em torno de US$200.
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O Hamas confirmou que o retorno dos policiais busca restaurar a ordem na cidade destruída ao preservar lojas e casas deixadas para trás por residentes deslocados à força.
Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 27 mil mortos e 66 mil feridos.
Estima-se que 85% da população do território sitiado — ou dois milhões de habitantes — foram desabrigados, vulneráveis a fome e doenças.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.