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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Para contornar embargo houthi, Israel estabelece nova rota via Estados árabes

Navio trafega no Canal de Suez rumo ao Mar Vermelho, em Ismailia, Egito, 10 de janeiro de 2024 [Sayed Hassan/Getty Images]

Israel está utilizando uma rota por terra para a importação de bens através de países do Golfo, em particular, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Jordânia, a fim de contornar o embargo imposto pelo grupo iemenita houthi no Mar Vermelho.

Desde a deflagração do genocídio israelense em Gaza, em 7 de outubro, rebeldes houthis — que governam o Iêmen — lançaram numerosas ações para interceptar navios ligados a Israel no Mar Vermelho, afetando consideravelmente o comércio global.

Estados Unidos e Grã-Bretanha, em defesa de Israel e do uso comercial das águas iemenitas, lançaram, por sua vez, ataques aéreos à capital Sanaa.

Muitas corporações cancelaram suas remessas via Mar Vermelho, ao adotar a rota mais extensa e onerosa do Cabo da Boa Esperança.

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Em dezembro, relatos surgiram de que Tel Aviv planejava estabelecer uma rota por terra desde o leste da Península Arábica até o território ocupado, a fim de poupar tempo e dinheiro e conter a crise econômica em meio a medidas de austeridade a favor da guerra.

O governo jordaniano chegou a negar as informações.

Nesta semana, entretanto, uma reportagem do Canal 13, da televisão israelense, confirmou que navios seguiram caminho ao Golfo Pérsico, para aportar em Dubai, atravessar Arábia Saudita e Jordânia e enfim chegar a Israel.

De acordo com os relatos, duas empresas conduzem as operações: a emiradense Puretras FZCO e a israelense Trucknet. As cargas incluem alimentos, plásticos, químicos e eletrônicos e excluem qualquer contrapartida ou assistência humanitária a Gaza.

Segundo o Canal 13, trata-se de um teste à nova rota, mas Tel Aviv guarda esperanças de maior cooperação dos regimes árabes apesar do genocídio ainda em curso em Gaza.

Em janeiro, a ministra dos Transportes de Israel, Miri Regev, corroborou planos para desenvolver a nova rota, ao afirmar no Twitter (X): “O transporte por terra de bens encurtará o tempo em 12 horas. Será bem-sucedida”.

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