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Uma criança morre a cada duas horas no campo de Zamzam, no Sudão

Crianças sudanesas abrigadas em uma escola após serem expulsas do leste do país pela guerra civil, em Porto Sudão, 3 de janeiro de 2024 [Ömer Erdem/Agência Anadolu]

Ao menos uma criança morre a cada duas horas no campo de refugiados de Zamzam — um dos maiores e mais antigos campos destinados aos deslocados internos no Sudão, conforme estimativas reportadas pela ong Médicos Sem Fronteiras (MSF) nesta segunda-feira (5).

“Antes do início do conflito, em abril do ano passado, os refugiados no campo já dependiam de assistência internacional para obter comida, saúde e água potável — isto é, tudo”, relatou Claire Nicolet, chefe de emergência do MSF no país. “Agora, estão completamente abandonados”.

A entidade pediu um aumento coordenado imediato na resposta humanitária para salvar vidas, ao advertir que um quarto das crianças sofrem de desnutrição aguda; ao menos 7%, observou, sofrem de desnutrição aguda grave — isto é, com apenas 30% do peso normal.

Crianças entre seis meses e dois anos de idade têm índices ainda piores: 40% com desnutrição e 15% com desnutrição aguda grave.

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“Deixando claro: uma grave emergência transcorre em Zamzam”, enfatizou o MSF.

Conforme a nota, cerca de 40% das mulheres grávidas e lactantes também estão desnutridas — “outro indicativo da intensa severidade da situação”.

“Estimamos que ao menos uma criança morra a cada duas horas no campo”, reafirmou. “Nossa estimativa atual é que há 13 casos de mortalidade infantil todos os dias. Sem cuidados, aqueles com desnutrição estão sob altíssimo risco de morte dentro de três a seis semanas”.

“Sua condição tem tratamento caso cheguem a um centro de saúde”, alertou Nicolet. “Muitos, no entanto, jamais chegam. As pessoas estão com fome e as crianças estão morrendo”.

O Sudão permanece em guerra civil — entre as Forças Armadas regulares e a coalizão até então aliada, conhecida como Forças de Suporte Rápido — desde abril de 2023.

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