A Sociedade do Crescente Vermelho da Palestina reportou nesta terça-feira (6) a abdução do dr. Haider al-Qudra, diretor-geral do Hospital al-Amal, em Khan Yunis, no sul de Gaza, por soldados da ocupação israelense, junto do chefe administrativo do complexo de saúde, Maher Atallah.
Em nota, o Crescente Vermelho reiterou que o paradeiro de ambos é desconhecido.
Previamente, tropas israelenses ordenaram a evacuação do hospital à área de Mawasi, também em Khan Yunis. Médicos, no entanto, alertam que muitos pacientes não podem ser transferidos, sobretudo à luz do colapso de saúde devido aos ataques de Israel.
Após mais de duas semanas de cerco militar israelense, pessoas que se abrigaram no centro médico começaram a deixar o perímetro; no entanto, sob disparos de drones e franco-atiradores.
Tanques e aeronaves também lançaram explosivos às adjacências de al-Amal, pondo em risco a vida de milhares de refugiados, profissionais de saúde e pacientes.
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“O ataque deliberado e contínuo a hospitais é um crime de guerra documentado, que acontece aos olhos do mundo, como parte de um genocídio sistemático contra a população de Gaza, com pleno apoio dos Estados Unidos, que é cúmplice desses crimes e dessas violações”, destacou na semana passada o movimento Hamas, que administra o território palestino.
Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 27 mil mortos e 65 mil feridos, na maioria mulheres e crianças, além de dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.