Ataques israelenses afetaram 84% das instalações de saúde na Faixa de Gaza sitiada, advertiu a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), nesta terça-feira (6), em comunicado emitido na rede social X (Twitter).
“Devido aos bombardeios ininterruptos e às restrições de acesso, apenas quatro dos 22 centros de saúde da UNRWA continuam a operar em Gaza”, reafirmou a agência.
A entidade anexou imagens da extensão dos danos ao centro médico Sheikh Radwan, no norte de Gaza, após ataques israelenses.
A UNRWA — estabelecida em 1949 para prover serviços aos refugiados palestinos da Nakba, ou “catástrofe”, quando foi criado o Estado de Israel mediante limpeza étnica — vive uma crise sem precedentes após uma série de regimes aliados da ocupação colonial, sobretudo Washington, Paris e Londres, cortarem doações à agência, devido a uma acusação sem provas promovida por Tel Aviv.
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Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 27 mil mortos e 67 mil feridos — sobretudo mulheres e crianças. Estima-se que 60% da infraestrutura civil de Gaza foi destruída, deixando dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.