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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Papa Francisco telefona a Patriarca de Jerusalém, expressa solidariedade a Gaza

Papa Francisco na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 6 de janeiro de 2024 [Riccardo De Luca/Agência Anadolu]

O Papa Francisco agradeceu o Patriarca Latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, por manter-se próximo à população local desde a deflagração da guerra israelense a Gaza, reportou a imprensa do Vaticano nesta quarta-feira (7), segundo informações da agência Anadolu.

Em telefonema, o pontífice expressou “sua vigília constante” pela Paróquia Católica da Sagrada Família em Gaza, ao confirmar contatos para receber atualizações quase diárias do responsável pela congregação, padre Gabriel Romanelli, assim como seu associado, padre Youssef Assad.

LEIA: Bombardeio israelense a igreja ortodoxa em Gaza mata oito e fere dezenas

A Paróquia da Sagrada Família — composta por clérigos do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), associação fundada na Argentina — é a única paróquia católica a servir os cristãos de Gaza, sob grave crise humanitária na qual um milhão de pessoas foram expulsas de suas casas, sem água ou comida, sob cerco e bombardeios de Israel.

A paróquia enfrenta as mesmas carências, sem poder fornecer sequer aquecimento em meio às duras condições de inverno. No entanto, insistiu em abrigar centenas de deslocados.

Em dezembro, o pontífice condenou o assassinato de duas mulheres que se abrigavam no local, baleadas por um franco-atirador israelense “sem aviso” e “a sangue frio”, conforme comunicado do Patriarcado Latino de Jerusalém.

Francisco reafirmou que famílias comuns, cristãs e muçulmanas, assim como freiras e enfermos são os únicos habitantes da paróquia, e não “terroristas”, como insiste a propaganda de guerra israelense, ao desumanizar e criminalizar a população palestina.

Israel lançou sua ofensiva a Gaza em 7 de outubro, deixando 27.708 mortos e 67.174 feridos até então. Cerca de 85% da população foi deslocada à força e 60% da infraestrutura civil do enclave foi destruída, conforme dados das Nações Unidas.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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