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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Repórteres Sem Fronteiras condena ‘erradicação do jornalismo’ em Gaza

Equipamentos representam os jornalistas mortos por Israel em Gaza, durante ato em Ancara, na Turquia, em 10 de janeiro de 2024 [Harun Özalp/Agência Anadolu]

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou o que descreveu como “a erradicação do jornalismo e do direito à informação em Gaza pelo exército de Israel”, reportou a agência de notícias Anadolu.

Em nota emitida nesta quarta-feira (7), a ong lamentou os “jornalistas palestinos mortos, feridos ou impedidos de trabalhar, sem qualquer possibilidade de salvo-conduto”. Todavia, reivindicou das organizações internacionais que aumentem a pressão a Israel para “cessar imediatamente a carnificina”.

“Jornalistas estão sendo dizimados à medida que passam os dias dessa guerra interminável, por meio dos incessantes ataques israelenses desde o norte até o sul de Gaza”, destacou o alerta, ao reiterar que sobreviventes, após quatro meses de ofensiva, vivem um “inferno diário”, sob grave escassez de insumos que vão desde equipamentos a alimentação.

LEIA: Assassinatos e restrições a jornalistas revelam o que Israel quer esconder

A ong confirmou registrar duas queixas junto ao Tribunal Penal Internacional (TPI), radicado em Haia, além de sucessivos apelos a Estados e instituições internacionais, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas, para “exercer imediatamente a Resolução 2222 de 2015, sobre a proteção dos jornalistas”.

O grupo mencionou a situação em Rafah, no extremo sul de Gaza, na fronteira com o Egito, área previamente designada por Israel como “zona segura”, para onde a maior parte dos deslocados migraram sob intensos bombardeios.

Tel Aviv anunciou planos para invadir a região, de modo a corroborar, ao que parece, a intenção de expulsar os 2.4 milhões de palestinos de Gaza ao Sinai, através da fronteira. O lado egípcio da travessia, no entanto, permanece fechado.

Ao mencionar dados do Sindicato dos Jornalistas Palestinos (SJP), o comunicado reiterou que 50 escritórios da imprensa internacional no território foram “total ou parcialmente” destruídos por Israel desde 7 de outubro, “além de um chocante índice de mortes”.

Na quinta-feira, outro jornalista palestino foi morto por um bombardeio israelense no território costeiro, elevando o número de vítimas na categoria a 124 mortos.

Israel lançou sua ofensiva a Gaza em 7 de outubro, deixando 27.708 mortos e 67.174 feridos até então. Cerca de 85% da população foi deslocada à força e 60% da infraestrutura civil do enclave foi destruída, conforme dados das Nações Unidas.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

 

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