O exército israelense aprovou planos para uma ofensiva por terra na cidade de Rafah, no sul de Gaza, reportou a imprensa local neste domingo (11).
Logo na madrugada, durante o evento do Super Bowl nos Estados Unidos, que atrai atenção do público e recordes de audiência na televisão, o exército israelense intensificou bombardeios ao último refúgio dos palestinos de Gaza, na fronteira com o Egito.
“O plano será apresentado quando o exército for solicitado a executá-lo”, declarou Herzi Halevi, chefe do Estado-maior, segundo informações da rádio militar Kan.
Rafah abriga mais de um milhão de palestinos deslocados.
A ofensiva por ar e as ameaças de uma operação por terra incitaram apreensão de uma nova catástrofe humanitária no território costeiro.
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Israel conduziu uma varredura em todo enclave desde 7 de outubro, destruindo bairros inteiros e deslocando cada vez mais ao sul a população civil. São mais de 28 mil palestinos mortos — em maioria, mulheres e crianças.
Os bombardeios desta madrugada ocorreram sem qualquer possibilidade de evacuação.
Organizações de direitos humanos e governos internacionais tentam dissuadir Israel de atacar a cidade de Rafah, à medida que os palestinos não têm para onde ir.
Civis deslocados pela ocupação alertam estarem rendidos entre o mar e o arame farpado.
Há receios de um novo “banho de sangue”.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.