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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Filho de Netanyahu se esconde em apartamento de luxo para fugir do serviço militar

Yair Netanyhahu, filho do premiê israelense Benjamin Netanyahu, em Washington DC, em 11 de junho de 2019 [Yair Netanyhahu/Facebook]

Yair Netanyahu, filho do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, de 32 anos, buscou abrigo em um apartamento de luxo em um arranha-céu na Flórida para fugir do recrutamento militar obrigatório em meio à campanha da ocupação em Gaza.

As informações foram divulgadas pelo tabloide britânico Daily Mail, que obteve fotos de Yair em um apartamento cujo aluguel é estimado em US$5 mil por mês, com escolta pessoal de agentes israelenses.

Segundo a lei de seu país, Yair é obrigado a servir às Forças Armadas, como reservista até os 40 anos. No entanto, exilou-se em Miami, no balneário conhecido como Hallandale Beach.

“Seu pai convocou um recorde de reservistas para travar sua guerra brutal contra o [movimento palestino] Hamas e expurgar Gaza de terroristas que odeiam os judeus [sic]”, afirmou o tabloide britânico, ao aderir a uma retórica colonial racista, que busca generalizar e desumanizar os palestinos de Gaza como “terroristas” e “antissemitas”.

LEIA: Israel rejeita cessar-fogo, promete continuar guerra em Gaza

“Contudo, o primogênito do premiê Benjamin Netanyahu parece não ter pressa de se juntar às fileiras, à medida que foi visto à toa em um condomínio luxuoso no estado da Flórida”, insistiu a reportagem.

À reportagem, reiterou Uri Misgav, repórter do jornal israelense Haaretz e longevo opositor de Benjamin Netanyahu: “[Yair] gosta da guerra, mas apenas via redes sociais. Trata-se de um filho preguiçoso fazendo festa em Miami enquanto seu pai pede a cidadãos comuns que sacrifiquem sua vida e a de seus filhos”.

Reservistas que deixaram estudos, trabalho e férias nos Estados Unidos para colaborar com os massacres em Gaza também criticaram o herdeiro de Netanyahu. “É uma vergonha, uma figura pública que está c*gando e andando”, disse um deles.

Yair Netanyahu passou a maior parte do último ano nos Estados Unidos, à espera de um visto de residência antes de se deflagrar a Operação Tempestade de Al-Aqsa, em outubro.

Segundo fontes, Yair está sob escolta 24 horas por dia, por ao menos dois agentes do Shin Bet, o serviço de inteligência doméstica de Israel. “Eles o acompanham à academia, à piscina, e onde quer que ele vá, há ostentação”, concluiu a reportagem.

Estima-se ainda 569 soldados israelenses mortos desde 7 de outubro, incluindo 232 desde o início da invasão por terra, vinte dias depois.

Os índices confirmam a desproporcionalidade da guerra a Gaza, com 28.663 palestinos mortos e 68.395 feridos até então — na grande maioria, mulheres e crianças —, além de dois milhões de desabrigados e cerca de 70% da infraestrutura civil destruída ou danificada.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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