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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

MEMO Conversa com Shajar Goldwaser, judeu antissionista nascido em Jerusalém

Nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, às 11 horas, o MEMO realiza uma conversa, transmitida ao vivo em nossas redes, com Shajar Goldwaser, internacionalista com ênfase na Palestina e judeu antissionista nascido na cidade ocupada de Jerusalém.

Shahar é também articulista e membro do coletivo Vozes Judaicas por Libertação (VJL) e da rede internacional SEDQ – Jewish Network for Justice in Palestine.

A conversa deve abordar a diferença entre antissemitismo — isto é, o racismo antijudaico e suas raízes — e o antissionismo — isto é, a oposição legítima à ideologia colonial de Israel em terras palestinas, assim como seus crimes subsequentes.

O assunto toma corpo em um momento crítico de genocídio em Gaza, em particular, diante das denúncias recentes do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a escala histórica dos crimes perpetrados pelo regime israelense no território sitiado.

Nesta semana, durante viagem a Egito e Etiópia, onde participou como convidado de honra de uma cúpula da União Africana, Lula reforçou duras críticas ao genocídio em Gaza, ao compará-lo com os crimes do nazismo.

As declarações de Lula foram recebidas por Tel Aviv com hostilidade, deflagrando uma crise diplomática entre os países.

LEIA: Judias e judeus declaram apoio ao presidente Lula e cobram o rompimento de relações com Israel

O governo brasileiro apoiou previamente a denúncia sul-africana sobre os massacres israelenses em Gaza ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia. Contudo, não rompeu laços com o Estado ocupante até então.

Nesta semana, Israel declarou Lula “persona non grata”, medida a qual o chanceler Mauro Vieira prometeu responder dentro das “normas da diplomacia”.

A conversa deve tratar também das alegações ideológicas, preconceitos e discursos voltados à propaganda de guerra disseminados pela imprensa corporativa.

O coletivo Vozes Judaicas por Libertação (VJL) é formado por ativistas de origem judaica que se identificam como antissionistas, que começaram a se organizar politicamente em 2014. O grupo é parte ativa dos protestos recentes em solidariedade a Gaza, e membro da Frente de Defesa do Povo Palestino, junto com outras organizações da sociedade civil.

Seu manifesto reafirma a “missão de lutar pela liberdade e justiça para os palestinos e a defesa da tradição judaica de co-habitação com o diferente e justiça social”.

Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios a Gaza, deixando 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados — em grande maioria, mulheres e crianças. As ações israelenses no território sitiado são crime de guerra e genocídio.

A conversa será conduzida pelo colunista do MEMO Bruno Beaklini.

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