Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

O apoio militar dos EUA a Israel, seu maior beneficiário

Ativistas encenam uma ação com Netanyahu montado em um míssil dos EUA antes da votação do cessar-fogo em Gaza no Conselho de Segurança da ONU na terça-feira, em frente à sede da ONU, Ralph Bunche Park, em Nova York, Estados Unidos, em 20 de fevereiro de 2024. [Selçuk Acar/ Agência Anadolu]

A guerra israelense em curso em Gaza chamou a atenção, mais uma vez, para o apoio militar substancial fornecido pelos EUA a Israel, alimentando a controvérsia e levantando preocupações humanitárias, informa a Agência Anadolu.

A autoimolação de um membro da Força Aérea dos EUA, de 25 anos, do lado de fora da Embaixada de Israel em Washington, que gritou que “não será mais cúmplice de genocídio”, antes de atear fogo em si mesmo, trouxe à tona a ajuda militar e o apoio que Israel vem recebendo de seu maior aliado.

Desde 7 de outubro, Israel tem recebido imenso apoio dos EUA, desde armas e munições até consultoria de comandantes de alto nível.

Munições e armas

Desde o início do conflito, os EUA enviaram a Israel milhares de equipamentos militares, incluindo munição, veículos, armamentos, equipamentos de proteção individual e suprimentos médicos.

Em dezembro, os EUA haviam enviado 230 aviões de carga e 20 navios carregados de armas e equipamentos militares para Israel.

Uma reportagem do Wall Street Journal em dezembro afirmou que as munições enviadas pelos EUA a Israel incluem mais de 5.400 bombas MK84 e 5.000 bombas MK82 não guiadas.

Também compartilha detalhes de 1.000 bombas de pequeno diâmetro GBU-39 e cerca de 3.000 munições conjuntas de ataque direto (JDAM).

LEIA: Oficial da ONU pede embargo de armas contra Israel, cita ‘risco de genocídio’

Composta por aproximadamente 15.000 bombas e 57.000 projéteis de artilharia, a artilharia foi enviada por meio de aviões militares de carga C-17, de acordo com o Wall Street Journal.

Os líderes mundiais se concentram em apoiar Israel e negligenciam as necessidades dos palestinos oprimidos – Charge[Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio].

No início deste mês, a mídia noticiou que os EUA estavam enviando mais bombas e outras munições para Israel.

A proposta de entrega armada inclui cerca de 1.000 bombas MK-82 de 227 quilos cada e KMU-572 Joint Direct Attack Munitions (JDAMs), que podem transformar munições não guiadas em bombas guiadas de precisão, disse a Al Jazeera citando o Wall Street Journal.

De acordo com o relatório, os EUA também estão considerando enviar fusíveis de bombas FMU-139, com a remessa total estimada em dezenas de milhões de dólares.

Os EUA forneceram cerca de 21.000 munições guiadas de precisão a Israel desde outubro, de acordo com relatos da mídia.

Outros tipos de munições e armas também incluem dezenas de milhares de projéteis de artilharia de 155 mm, milhares de munições para destruir bunkers e 200 drones kamikaze.

Apoio aéreo

Os EUA e Israel concluíram um grande acordo de armas que inclui o fornecimento de caças F-35 e F-15 para Tel Aviv, informou recentemente o Hebrew Channel 12.

O canal citou autoridades do Ministério da Defesa israelense dizendo que um acordo foi firmado entre os EUA e Israel, no qual o exército israelense receberá drones e milhares de cartuchos de munição nos próximos dias.

De acordo com as autoridades, o acordo inclui o fornecimento ao exército israelense de um grande número de aviões de combate F-35 e F-15, bem como de helicópteros Apache.

LEIA: Índia envia drones ‘assassinos’ a Israel, à véspera de invasão a Rafah

Israel será o primeiro país a receber a avançada aeronave F-35 fabricada pela Boeing.

Desde 1948, Israel recebeu US$ 330 bilhões em ajuda dos EUA. É o maior destinatário da ajuda externa dos EUA, com o foco principal na defesa e na assistência militar. Anualmente, Israel recebe mais de US$ 3 bilhões em ajuda à defesa.

Na semana passada, o Senado dos EUA aprovou uma lei de ajuda externa de US$ 95 bilhões, dos quais US$ 14 bilhões são destinados a Israel.

De acordo com o Times of Israel, cerca de US$ 5,2 bilhões são destinados a sistemas que impedem mísseis e outras ameaças aéreas, tanto de longo quanto de curto alcance.

Desse montante, US$ 4 bilhões seriam usados para adquirir sistemas antimísseis de curto alcance para o sistema de defesa antimísseis Iron Dome de Israel e para financiar o sistema David’s Sling, que intercepta mísseis de médio a longo alcance, disse o jornal.

Suporte da inteligência

O Secretário de Defesa, Lloyd Austin, anunciou que os EUA estão ajudando Israel com inteligência e planejamento, além de fornecer conselhos e consultas aos seus militares.

De acordo com um relatório recente do Intercept, os EUA enviaram sua equipe da Força Aérea a Israel para ajudar com alvos, enviando oficiais especializados em fornecer informações e inteligência usadas para realizar ataques aéreos e disparar armas de artilharia de longo alcance para Israel no final de novembro.

Em novembro, a Força Aérea dos Estados Unidos emitiu diretrizes de mobilização para oficiais, incluindo oficiais de engajamento de inteligência, com destino a Israel. Especialistas afirmam que uma equipe de oficiais de alvos como essa seria usada para fornecer inteligência de satélite aos israelenses para fins de alvos ofensivos, de acordo com o Intercept.

Apoio no Mediterrâneo

Os EUA enviaram aeronaves e navios de guerra para suas bases militares no Oriente Médio e encomendaram mais aviões de guerra para apoiar os esquadrões de A-10, F-15 e F-16 existentes nessas bases.

Em outubro, o governo de Joe Biden enviou o grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford e outro navio de guerra para o Mar Mediterrâneo. Cada um desses porta-aviões tem mais de 70 aeronaves a bordo, com considerável poder de fogo.

LEIA: Senado dos EUA aprova pacote de US$14 bi a Israel, Biden pede apoio do Congresso

Em dezembro, havia 19 navios de guerra dos EUA na região, sendo 7 no Mediterrâneo Oriental e outros 12 no Mar Vermelho, no Mar Arábico e no Golfo Pérsico.

Categorias
Ásia & AméricasEstados UnidosIsraelNotíciaOriente MédioPalestina
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments