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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Turquia espera que Netanyahu seja levado ao TIJ por crimes de guerra

O presidente do Parlamento turco, Numan Kurtulmus, em Antalya, Turquia, em 27 de novembro de 2023. [Grande Assembleia Nacional Turca - Agência Anadolu].

O presidente do parlamento turco, Numan Kurtulmus, expressou a esperança de que os julgamentos na Corte Internacional de Justiça (TIJ) levem o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ao tribunal por crimes de guerra que Israel está cometendo contra os palestinos na sitiada Faixa de Gaza, informou a Agência Anadolu.

“Esperamos que Netanyahu e os principais executivos criminosos de guerra, como Radovan Karadzic (ex-líder político dos sérvios da Bósnia) e Ratko Mladic (ex-comandante sérvio), também sejam responsabilizados e punidos no tribunal internacional de crimes de guerra”, disse Kurtulmus aos membros da imprensa ao retornar do Azerbaijão, onde participou da 14ª Sessão Plenária da Assembleia Parlamentar Asiática (APA).

“Aqui, o que esperamos dos países que apoiaram Israel até agora é que eles não deem mais esse apoio. Porque não apenas Netanyahu e seu regime entrarão em colapso, mas também os países que o apoiam serão afetados”, pediu Kurtulmus.

Kurtulmus acredita que a causa palestina entrou em uma nova era com o pedido da África do Sul perante o TIJ e sua emissão de medidas provisórias contra Israel.

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Ele continuou: “O massacre brutal no qual Netanyahu e sua gangue atiram e matam até mesmo ovelhas que caminham pela estrada chegou a um ponto que ninguém pode defender”, observando que mais de 30.000 civis palestinos foram mortos em Gaza desde outubro, sendo 75% mulheres e crianças.

“É óbvio que a ameaça de ‘Nós os mataremos também, não os deixaremos vivos’, especialmente contra aqueles que se refugiaram na passagem de fronteira de Rafah em Gaza, colocou Netanyahu em um caminho sem fim”, alertou Kurtulmus, “e agora não há mais volta para ele”.

Desde outubro, Israel vem travando uma guerra devastadora contra a Faixa de Gaza sitiada, que resultou na morte de 29.514 pessoas e no ferimento de outras 69.616, além do deslocamento de mais de 85% (cerca de 1,9 milhão de pessoas) da população da Faixa, de acordo com dados palestinos e das Nações Unidas.

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