Um cantor pop palestino chegou à final do concurso Eurovision da Islândia e é um dos favoritos para representar o país no Eurovision 2024, de acordo com a mídia local e informação da Agência Anadolu.
Se Bashar Murad, que é originário de Jerusalém Oriental e estudou música em Israel, vencer a final, ele representará a Islândia no concurso de 11 de maio na Suécia.
O cantor cantou uma música intitulada “Wild West” e apareceu no palco com imagens de melancias, um símbolo da luta palestina.
Murad, conhecido por abordar temas da ocupação israelense em sua música, disse que a música e o vídeo que lançou recentemente são sobre a luta palestina.
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“Wild West trata do desejo de liberdade de movimento e de não se deixar confinar pelas fronteiras físicas e imaginárias que nos prendem. É sobre minha jornada da Palestina para a Islândia, que começou como uma ideia no meu quarto e se tornou realidade, graças à colaboração com minha família islandesa”, disse ele em um comunicado.
“Acredito em usar minha voz e as ferramentas que o universo me deu. O Eurovision é uma das maiores plataformas do mundo, e eu acredito no poder da minha voz, em vez de ser silenciado”, disse ele.
Os palestinos são privados de plataformas “que mostram nossa cultura, beleza, história e comunidade”, disse ele.
“Sou grato e tenho muito respeito pela Islândia, que agora me deu essa oportunidade”, acrescentou Murad.
“É meu sonho levar o Eurovision para Reykjavik em 2025. Sou um sonhador e, como palestino, sempre sonhei em cantar no grande palco, então quero que o sonho continue vivo”, disse ele, de acordo com a emissora local RUV.
Em dezembro do ano passado, a Sociedade Islandesa de Autores e Compositores pediu publicamente à emissora pública RUV que não participasse do concurso de música, a menos que “Israel seja impedido de participar do concurso pelos mesmos motivos que a Rússia no último concurso”.
A Rússia foi impedida de participar do Festival Eurovisão da Canção de 2022, na Itália, depois que a vizinha Finlândia ameaçou se retirar, a menos que a Rússia fosse banida, devido à sua decisão, no mesmo ano, de iniciar uma guerra contra a Ucrânia.
“Todos nós temos o dever de nos posicionar contra a guerra e a matança de civis e crianças inocentes”, disse Stefan Eiriksson, da Icelandic Society.
O artista pop também colaborou no passado com o último ato do Eurovision da Islândia, Hatari, conhecido por sua oposição aberta à ocupação israelense e que levantou bandeiras palestinas durante sua participação no show realizado em Israel em 2019.
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