Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

ONU denuncia Israel por obstruir evacuação e assediar paramédicos

Forças da ocupação israelense nos arredores de Gaza, em 12 de dezembro de 2023 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

O Escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) alertou nesta terça-feira (27) que o exército israelense obstruiu a passagem de um comboio médico em Khan Yunis, no sul de Gaza, ao deter e assediar profissionais de saúde.

As informações são da agência de notícias Reuters.

O incidente ocorreu no domingo (25) durante a evacuação de 24 pacientes do Hospital Al-Amal, alvejado pela escalada israelense nas últimas semanas.

As forças israelenses não comentaram o caso até então.

“Apesar de coordenação prévia de toda a equipe e seus veículos junto ao lado israelense, forças da ocupação detiveram por horas o comboio da OMS [Organização Mundial da Saúde], logo no momento em que deixaram o hospital”, informou Jens Laerke, porta-voz do OCHA.

LEIA: ‘Seu telefone ainda toca, não sabemos onde ele está’, diz família de médico de Gaza

“O exército israelense obrigou pacientes e trabalhadores a deixarem as ambulâncias e removeu as roupas de todos os socorristas”, reafirmou Laerke. “Três paramédicos do Crescente Vermelho foram detidos, embora seus detalhes pessoais tenham sido compartilhados de antemão com as forças de Israel”.

Um dos detidos foi libertado posteriormente. Laerke reivindicou a soltura dos outros dois, além de todos os profissionais de saúde abduzidos por Israel durante sua ofensiva.

O incidente de domingo não é um caso isolado: comboios médicos e humanitários são alvejados quase diariamente; profissionais são intimidados, agredidos ou presos; e infraestrutura crítica é regularmente destruída.

Outros casos de obstrução de acesso humanitário por parte de Israel são também notáveis. De fato, o fluxo humanitário a partir do Egito foi reduzido exponencialmente, à medida que a fome generalizada tomou o território.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do Hamas que capturou colonos e soldados. Quase 30 mil palestinos foram mortos e outros 70 mil foram feridos até então, além de dois milhões de desabrigados.

Ao promover seu cerco militar absoluto, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais humanos”.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

Categorias
IsraelNotíciaONUOrganizações InternacionaisOriente MédioPalestina
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments