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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Grupo sionista e ministros de Milei celebram 75 anos de laços Israel-Argentina

Presidente da Argentina, Javier Milei, se reúne com seu homólogo israelense, Isaac Herzog, em Jerusalém ocupada, em 6 de fevereiro de 2024 [Haim Zach/Agência Anadolu]

O Congresso Judaico Latino-americano (CJL) celebrou os 75 anos de relações entre Argentina e Israel, em um contexto de colapso socioeconômico no Estado americano e genocídio israelense na Faixa de Gaza.

A instituição deu ênfase à visita do presidente da Argentina, Javier Milei, a Israel, no começo de fevereiro, onde se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog. Na ocasião, Milei prometeu transferir sua embaixada de Tel Aviv a Jerusalém ocupada.

A cerimônia, realizada em Buenos Aires, contou com uma reencenação do primeiro hasteamento da bandeira de Israel em solo argentino, em fevereiro de 1949.

Participaram do evento o ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri; o vice-chanceler, Leopoldo Sahores; o novo embaixador a Israel, Axel Wanish; e diversos emissários estrangeiros na capital Buenos Aires, como Eyal Sela (Israel), Marc Stanley (Estados Unidos), Romain Nadal (França) e Saeed Abdulla Alqemzi (Emirados Árabes Unidos).

Comentou Wahnish: “Há 75 anos, levantamos a bandeira de Israel na Argentina, como forma de reconhecimento à criação do Estado de Israel … Setenta e cinco anos depois, levantamos outra bandeira — de relações bilaterais ainda mais fortes”.

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Segundo Petri, as relações entre Israel e Argentina tomaram “novo impulso” sob Milei. “Temos muitas áreas de cooperação, entre elas defesa, para a qual tecnologia israelense pode ser útil ao protegermos nossa soberania e nossos mares”, declarou o ministro.

Sela enalteceu o que descreveu como “data histórica”: “Em 15 de fevereiro de 1949, a Argentina reconheceu Israel como Estado e estabeleceu relações diplomáticas. Sempre é importante olhar o passado, mas também construir relações do presente e futuro”.

O embaixador israelense insistiu que ambas as economias “se completam” e prometeu avanços nos setores de agricultura e inovação na Argentina.

Claudio Epelman, diretor executivo do CJL, reiterou ainda “enorme interesse da comunidade de negócios de Israel sobre os acontecimentos na Argentina”, em meio às medidas de austeridade de Milei, que levaram as taxas de pobreza do país a 57.4% da população — conforme dados da Universidade Católica Argentina (UCA).

Epelman classificou a visita de Milei ao Estado ocupante como “ponto de partida para melhorar relações”, ao citar empreendimentos no setor de lítio, água, segurança e outros.

Também estiveram presentes o senador Francisco Paoltroni e o deputado federal Pablo Yedlin.

A sede do evento na capital portenha surgiu, a princípio, como um escritório do Fundo Nacional Judaico (FNJ), instituição colonial sionista responsável por adquirir e expropriar terras nativas na Palestina histórica. Pouco depois, se converteu na embaixada de Israel.

As promessas de maior aproximação econômica, em meio aos recordes de miséria na Argentina de Milei, agregam controvérsia devido aos crimes israelenses cometidos em Gaza.

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Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas, que capturou colonos e soldados. São 29.692 palestinos mortos e 69.876 feridos, além de dois milhões de desabrigados.

O avanço israelense em Gaza causou diversas cisões geopolíticas, sobretudo entre as potências ocidentais, como Estados Unidos e países da Europa, favoráveis a Israel, e o chamado Sul Global — majoritariamente solidário ao povo palestino.

Na América Latina, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Gabriel Boric (Chile) denunciaram genocídio. Milei, no entanto, contradiz a tendência.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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