A atriz americana Hunter Schafer, estrela de “Hunger Games and the Ballad of Songbirds and Snakes” (Jogos Vorazes e a Balada dos Pássaros e Cobras), foi presa ao participar de um protesto pró-Palestina na segunda-feira, pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza.
O protesto ocorreu na sede da NBC no Rockefeller Centre, em Nova York, em uma tentativa de interromper a participação do presidente dos EUA, Joe Biden, no programa de entrevistas Late Night with Seth Meyers.
Schafer, que podia ser vista vestindo uma camiseta com a inscrição “Ceasefire now” (Cessar-fogo agora) e com uma faixa onde se lia “Jews to Biden: Stop arming genocide” (Judeus para Biden: parem de armar o genocídio), estava entre as 33 pessoas presas enquanto defendia os direitos dos palestinos ao lado do grupo Jewish Voice for Peace (Voz Judaica pela Paz), informou o The New York Post.
“Chega de armas, chega de guerra. Estamos lutando por um cessar-fogo”, cantava o grupo: “Não em nosso nome”.
Além disso, o grupo, no X, disse que “centenas de judeus e aliados tomaram conta” do Rockefeller Centre para “deixar claro” ao presidente que “apoiadores do genocídio não são bem-vindos em nossa cidade”.
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A organização escreveu: “O presidente precisa começar a responder ao povo americano – não ao governo israelense de extrema direita que bombardeia indiscriminadamente o povo de Gaza, destruindo 70% da infraestrutura, incluindo hospitais, universidades e redes de eletricidade e água”.
The growing public consensus on the need to prevent further loss of life in Gaza as the death toll eclipses 30,000 cannot be denied. Yet President Biden has still pledged an additional $14.1 billion in military funding to Israel. pic.twitter.com/j0KWjVv2Ty
— Jewish Voice for Peace NYC (@jvpliveNY) February 26, 2024
Israel lançou uma ofensiva mortal na Faixa de Gaza após um ataque transfronteiriço do grupo de resistência palestina, Hamas, em 7 de outubro.
Desde então, pelo menos 29.878 palestinos foram mortos e mais de 70.000 ficaram feridos, enquanto acredita-se que cerca de 1.200 israelenses tenham sido mortos no ataque do Hamas.
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Entretanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela resistência palestina.
A guerra israelense levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.
Israel é acusado de genocídio pela Corte Internacional de Justiça, que, em uma decisão provisória em janeiro deste ano, ordenou que Tel Aviv parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.