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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Em meio ao fogo, agência de refugiados da ONU não consegue entregar ajuda ao norte de Gaza

Uma vista aérea de palestinos caminhando entre escombros e cinzas dos prédios do bairro enquanto tentam manter suas vidas diárias com meios limitados e condições difíceis, enquanto os ataques israelenses continuam em 27 de fevereiro de 2024 [Omar Qattaa/Agência Anadolu]

A Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) disse, na quarta-feira, que ainda não consegue entregar ajuda humanitária com segurança ao norte da Faixa de Gaza em meio ao fogo israelense, informa a Agência Anadolu.

Nós “não conseguimos chegar com segurança ao norte de Gaza e, cada vez mais, a partes do sul de Gaza”, disse a UNRWA em um comunicado.

“Os comboios de ajuda humanitária continuam sob fogo e têm acesso negado pelas autoridades israelenses”.

A agência de refugiados disse que o fluxo de ajuda humanitária para Gaza caiu 50% em fevereiro.

“O número de caminhões que entram em Gaza continua bem abaixo da meta de 500 por dia, com dificuldades significativas para trazer suprimentos através de Karm Abu Salem e Rafah”, acrescentou.

“Os caminhões da UNRWA têm tido dificuldades para entrar na Faixa de Gaza devido a restrições de segurança e fechamentos temporários em ambos os cruzamentos.”

O comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, alertou no domingo sobre uma fome iminente em Gaza, já que as agências de ajuda lutam para entregar alimentos ao norte do enclave.

A última vez que a UNRWA conseguiu entregar ajuda alimentar ao norte de Gaza foi em 23 de janeiro“, escreveu Lazzarini nas mídias sociais.

Descobertas recentes de organizações parceiras afiliadas à ONU sugerem que a desnutrição aguda aumentou em Gaza, chegando a 16,2%, ultrapassando o limite crítico estabelecido pela Organização Mundial da Saúde de 15%.

LEIA: Haniyeh, líder do Hamas, diz que parar a guerra de fome de Israel é “prioridade máxima

Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza desde um ataque transfronteiriço do Hamas, que, segundo Tel Aviv, matou cerca de 1.200 pessoas.

No entanto, desde então, o Haaretz revelou que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, na verdade, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alega terem sido mortos pela resistência palestina.

Desde então, pelo menos 29.954 palestinos foram mortos e mais de 70.300 ficaram feridos.

A guerra israelense levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio pela Corte Internacional de Justiça, que, em uma decisão provisória em janeiro deste ano, ordenou que Tel Aviv parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

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Palestina: quatro mil anos de história
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