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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Negociações por cessar-fogo continuam, porém sem acordo, afirma Hamas

Mohammed Nazzal, membro do gabinete político do Hamas, em Meca, na Arábia Saudita, em 7 de fevereiro de 2007 [Hassan Ammar/AFP via Getty Images]

Mohammed Nazzal, membro do gabinete político do movimento palestino Hamas, afirmou que as negociações sobre o panorama de Paris para um cessar-fogo em Gaza continuam; no entanto, sem um acordo até então.

“O documento emitido pelo segundo encontro em Paris estipula entrada de assistência a Gaza e isso não foi deferido ainda”, declarou Nazzal à rede Al Jazeera nesta quarta-feira (28). Conforme Nazzal, o Hamas se mantém engajado em negociações duras, análogas às batalhas em Gaza.

“Precisamos de uma mudança qualitativa no caminho nacional e a restauração do lar nacional palestino é também fundamental”, acrescentou Nazzal. “Todavia, não estaríamos exagerando ao dizer que as atuais batalhas em campo indicam vitória da resistência sobre a ocupação”.

Nazzal advertiu, no entanto, que a população civil do norte de Gaza está sujeita à fome severa e que a prioridade de seu movimento é reaver o fluxo humanitário.

LEIA: ‘É genocídio sem dúvida alguma’ em Gaza, diz relator especial da ONU

O político palestino alertou também que as ordens do ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, para restringir orações na Mesquita de Al-Aqsa durante o mês do Ramadã têm como objetivo incendiar ainda mais a situação.

Nazzal instou os palestinos da Cisjordânia ocupada e do território designado a Israel a construir seu movimento popular em apoio a Gaza e Jerusalém.

Além disso, criticou a continuidade da cooperação de segurança entre a Autoridade Palestina e o regime israelense, em meio à escalada colonial contra os palestinos nativos. Conforme Nazzal, o Hamas espera uma mudança de postura da administração em Ramallah.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do braço armado do Hamas que capturou colonos e soldados. Segundo o exército israelense, cerca de 1.200 pessoas foram mortas. No entanto, reportagens do Haaretz demonstraram incidentes de “fogo amigo”, em que comandantes israelenses ordenaram disparos contra os reféns.

Em Gaza, são 30 mil mortos e 70 mil feridos devido aos bombardeios indiscriminados de Israel; na maioria, mulheres e crianças. Dois milhões de pessoas foram também desabrigadas.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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