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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Israel está matando nosso povo de fome’, diz emissário palestino na ONU

Embaixador da Palestina nas Nações Unidas, Riyad Mansour, em Nova York, em 13 de novembro de 2023 [Selçuk Acar/Agência Anadolu]

O embaixador da Palestina nas Nações Unidas, Riyad Mansour, destacou nesta segunda-feira (4) as atrocidades cometidas por Israel em Gaza diante do Conselho de Segurança em Nova York. Na ocasião, reiterou o emissário palestino: “Israel está matando nosso povo de fome”.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Declarou o diplomata:

Israel lançou a morte corta contra 2.3 milhões de palestinos de quatro maneiras distintas: bombardeios indiscriminados, execução sumária, doença, sede e fome. A fome não é uma infeliz consequência da guerra, mas sim um dos métodos de guerra empregue por Israel. Israel está matando nosso povo de fome.

A discussão orbitou sobre o mais recente veto dos Estados Unidos a um cessar-fogo em Gaza no Conselho de Segurança, emitido quinze dias atrás.

“Israel comete atrocidades, sem qualquer controle”, acrescentou Mansour, ao lamentar que, no mesmo contexto, o Conselho de Segurança “tenha sido impedido várias vezes de conclamar um cessar-fogo imediato que dê fim às atrocidades”.

Mansour instou os Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) a aderirem aos apelos globais por cessar-fogo.

“Os líderes israelenses falam abertamente de seus crimes e dos crimes que planejam cometer”, advertiu. “O primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] vangloriou-se de descumprir decisões das cortes internacionais ou resoluções da ONU, além de sabotar esforços de paz”

‘Nova era de responsabilidade’

Isso só terá fim ao encerrarmos a impunidade de Israel. A era de impunidade de Israel deve ter fim e devemos agora entrar em uma nova era de responsabilidade e sanções.

acrescentou Mansour.

O embaixador palestino exaltou esforços de boicote contra o “comércio com os assentamentos” e instou sanções internacionais a “todo o empreendimento colonial” de Israel.

“Não permitam que um único colono obtenha visto para visitar seus países”, apontou Mansour. “Peço que se comportem de maneira diferente [pois] os horrores que hoje vemos jamais seriam possíveis senão pelos fracassos de ontem”.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados. O cerco israelense forçou uma situação de fome generalizada ao povo de Gaza, sobretudo na região norte, onde 15 crianças morreram de fome.

LEIA: Fome se aprofunda em Gaza, crianças desnutridas lotam os hospitais

O Estado israelense é réu no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, após a corte deferir “plausibilidade” da denúncia sul-africana de genocídio. A corte ordenou maior fluxo assistencial a Gaza; contudo, sem aval da ocupação.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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