Rússia, Arábia Saudita, Kuwait e Argélia anunciaram novos cortes na produção de petróleo, em medida coordenada com o cartel conhecido como OPEP+, que reúne membros e não-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse no domingo (3) que seu país planeja reduzir a produção em 471 mil barris por dia (bpd) até o final do segundo trimestre de 2024.
“Essa redução voluntária adicional tem como intuito fortalecer as medidas preventivas tomadas pelos países da OPEP+ para conservar a estabilidade e o equilíbrio dos mercados de petróleo”, argumentou Novak segundo informações do jornal Moscow Times.
O oficial incumbido da pasta de energia explicou que a Rússia reduzirá sua produção em 350 mil barris por dia em abril, então 400 mil e 471 mil em abril e junho, respectivamente, conforme um acordo com as partes interessadas.
Trata-se de medidas escalonadas desde a pandemia de covid-19, intensificadas após a injunção de sanções à Rússia, devido à invasão na Ucrânia, cujo objetivo é preservar economias de países dependentes de petróleo, além de aplicar pressão geopolítica a seus compradores.
A redução na produção é contestada avidamente por Europa e Estados Unidos.
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