O Ministério de Relações Exteriores da Palestina agradeceu nesta quinta-feira (7) um requerimento urgente da África do Sul a novas medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, para garantir a segurança dos palestinos em Gaza, em meio aos persistentes massacres de Israel.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Advogados sul-africanos reafirmaram que a corte tem de agir imediatamente para impedir a contiguidade do genocídio sob uma “catástrofe de fome” que assombra Gaza.
“O povo palestino não está mais sob a ameaça de morrer de fome. O povo palestino está, neste momento, morrendo de fome”, declarou a chancelaria em nota. “Israel está massacrando palestinos que buscam ajuda humanitária, extremamente limitada”.
Em decisão interina de janeiro, Haia reconheceu “plausibilidade” da denúncia de genocídio e ordenou Israel a assegurar o fluxo humanitário; contudo, sem aval.
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O ministério palestino reforçou que o regime israelense “viola as Convenções sobre Genocídio [e] desafia as medidas cautelares emitidas por Haia”.
“O genocídio que se desenrola em Gaza justifica e de fato exige que o tribunal revise de imediato suas decisões prévias sobre as medidas cautelares e indique novas medidas, incluindo cessação imediata do genocídio perpetrado por Israel”, destacou o comunicado.
Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma operação transfronteiriça do Hamas que capturou colonos e soldados. São cerca de 30 mil palestinos mortos e 70 mil feridos até então, além de dois milhões de desabrigados.
O exército israelense impõe ainda um cerco absoluto — sem comida, água, medicamentos ou combustível. Ao menos 16 crianças morreram de fome.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.