Ao menos 240 mulheres palestinas foram sequestradas pelo exército israelense na Cisjordânia e no território designado Israel — capturado durante a Nakba em 1948 — desde outubro, reportou nesta quinta-feira (7) a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (SPP), ong que monitora a situação dos presos políticos nas cadeias da ocupação.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Este foi o ano mais sangrento para as mulheres palestinas”, alertou a nota, que antecede o Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira, 8 de março. “Ataques às mulheres palestinas se consolidaram como uma das políticas mais eminentes e sistêmicas da ocupação”.
Segundo a ong, não há estimativas exatas sobre o número de mulheres palestinas capturadas por Israel em Gaza, sujeitas a tortura e violência sexual.
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“Embora algumas mulheres tenham sido libertadas, é certo que há outras ainda nos campos da ocupação, cujo paradeiro é desconhecido”, acrescentou. “No total, ao menos 60 mulheres palestinas ainda padecem pouco a pouco nas cadeias de Israel”.
Israel escalou sua violência colonial na Cisjordânia desde 7 de outubro, quando deflagrou seu genocídio em Gaza, em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas.
Em apenas cinco meses, ao menos 420 palestinos foram mortos na Cisjordânia ocupada e outros 4.600 ficaram feridos. Em Gaza, são 30 mil mortos e 70 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.