A polícia israelense ordenou neste domingo (10) o aumento de suas tropas em torno da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, à medida que milhares de palestinos se preparam para realizar o Tarawih, prece noturna durante o mês sagrado do Ramadã.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Segundo o Canal 12 da televisão israelense, a decisão decorre de apreensões de segurança em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia durante o Ramadã.
O regime israelense enviou mensagens de texto aos residentes de Jerusalém para adverti-los contra envolvimento em qualquer tumulto, de acordo com a emissora sionista. Panfletos também foram distribuídos nos bairros palestinos de Jerusalém ocupada.
A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos. Judeus fundamentalistas descrevem a área como Monte do Templo, ao reivindicá-la para construção de um suposto santuário da Antiguidade.
Israel ocupou Jerusalém Oriental, onde está Al-Aqsa, em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Em 1980, anexou toda a cidade, medida jamais reconhecida internacionalmente.
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Há receios de uma deflagração nos territórios ocupados devido ao genocídio israelense em Gaza. Israel mantém ataques ao enclave sitiado desde 7 de outubro, deixando 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados — em grande maioria, mulheres e crianças.
Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, Israel insiste em impedir a entrada de assistência humanitária a Gaza, tomada pela fome.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.