Israel impede centenas de entrar em Al-Aqsa na primeira noite do Ramadã

Forças da ocupação israelense impediram centenas de fiéis palestinos de entrar na Mesquita de Al-Aqsa, incluindo por meio de agressões físicas, durante a primeira noite do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, na noite deste domingo (10).

Apenas homens acima de 40 anos puderam entrar para celebrar seu primeiro Taraweeh — conjunto de orações realizadas à noite.

Testemunhas relataram agressão e impedimentos de acesso através do Bab Al-Majlis, um dos portões de acesso a Al-Aqsa.

Na tarde de domingo, a rádio militar israelense KAN confirmou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu atribuiu a si mesmo a decisão de invadir ou não a mesquita durante o mês do Ramadã, incitando apreensões de violência.

Nas últimas semanas, o serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet, junto às Forças Armadas instou Netanyahu a assumir a autoridade pelas medidas. Especula-se que os apelos se devem à falta de confiança no parlamentar de extrema-direita e ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir — conhecido por ações e práticas inflamatórias.

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Netanyahu, no entanto, também adota uma retórica racista e beligerante — embora ligeiramente mais política, em particular, diante de uma crescente crise interna e pressões internacionais por um cessar-fogo em Gaza.

Há alguns dias, Netanyahu negou a recomendação de Ben-Gvir de proibir o acesso aos moradores da Cisjordânia e restringir a entrada em Al-Aqsa somente a cidadãos palestinos de Israel com mais de 70 anos.

Os palestinos denunciam as restrições como parte dos esforços para impor uma supremacia colonial judaica em Jerusalém Oriental, culminando em planos para demolir Al-Aqsa.

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