Nesta quarta-feira, 13 de março, às 11 horas, o MEMO realiza uma conversa, transmitida ao vivo em nossas redes, com Sheikh Jihad Hammadeh, palestrante e teólogo muçulmano, além de historiador e mestre em Ciências Sociais.
A entrevista será realizada online por Bruno Beaklini, articulista do MEMO, com foco no começo do Ramadã, nesta segunda-feira, 11 de março.
A conversa deve tratar das condições deste ano para a celebração do Ramadã na Palestina, em meio ao genocídio conduzido por Israel na Faixa de Gaza e sucessivos ataques de colonos e soldados na Cisjordânia e em Jerusalém, sobretudo contra a Mesquita de Al-Aqsa.
Para 1,6 bilhão de muçulmanos ao redor do mundo, o mês sagrado do Ramadã marca um momento de profunda espiritualidade e reflexão. Durante o período, fiéis se abstêm de comer e beber durante o dia, quebrando o jejum após o pôr-do-sol.
Outros atos de culto também ocorrem, incluindo ações de caridade e solidariedade, preces e leituras do livro sagrado, o Alcorão.
Para os palestinos, contudo, as festas coincidem com uma escalada na agressão israelense, incluindo obstruções de acesso a Al-Aqsa, terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos, em meio a reiterados esforços de expropriação colonial nos territórios ocupados.
O Ramadã deste ano contrasta ainda com a crise de fome que assola Gaza. Os palestinos, no entanto, mantêm seus rituais do Ramadã não somente como expressão de fé, mas também como parte fundamental de sua resistência.
Desde 7 de outubro, Israel realiza bombardeios a Gaza, deixando mais de 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados — em grande maioria, mulheres e crianças.
As ações israelenses no território sitiado são crime de guerra e genocídio.
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