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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel admite matar palestino após ‘confundir’ bicicleta com lança-foguetes

Palestinos deixam suas casas no bairro de Zeitoun, na Cidade de Gaza, em meio aos bombardeios israelenses, em 20 de fevereiro de 2024 [Dawoud Abo Alkas/Agência Anadolu]
Palestinos deixam suas casas no bairro de Zeitoun, na Cidade de Gaza, em meio aos bombardeios israelenses, em 20 de fevereiro de 2024 [Dawoud Abo Alkas/Agência Anadolu]

O exército israelense admitiu que um palestino morto por suas tropas em Gaza, por supostamente carregar um “lança-foguetes”, tinha em mãos, na verdade, uma bicicleta.

O exército ocupante publicou no domingo (10) o vídeo de um ataque a drone contra dois homens que caminhavam pelas ruínas do bairro de Zeitoun, na Cidade de Gaza.

Ao justificar o ataque, Tel Aviv alegou que uma das vítimas carregava uma arma. Todavia, questionado por um jornalista da agência de notícias Anadolu, um porta-voz do exército admitiu que o homem carregava apenas uma bicicleta.

Segundo o porta-voz, a área é “zona de guerra”, tomada por confrontos com elementos do movimento palestino Hamas. Ao tentar justificar a execução sumária, o porta-voz afirmou ainda que a rota em que estavam os homens fora utilizada para tráfico de armas e disparos.

O gabinete de imprensa em Israel desculpou-se pelos assassinatos, ao alegar ter chegado a uma “conclusão equivocada” que levou ao ataque.

Israel mantém sua ofensiva a Gaza desde 7 de outubro, deixando 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Dois terços das vítimas são mulheres e crianças.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Palavras vs. ação: uma súplica por Gaza e pela humanidade

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