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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Ato pró-Palestina denuncia campanha de desinformação do New York Times

Ativistas distribuem jornal do “New York Crimes”, durante ato pró-Palestina, no Queens, em Nova York, em 14 de março de 2024 [Writers Against the War on Gaza/Reprodução]
Ativistas distribuem jornal do “New York Crimes”, durante ato pró-Palestina, no Queens, em Nova York, em 14 de março de 2024 [Writers Against the War on Gaza/Reprodução]

Manifestantes obstruíram as vias de acesso a um centro de distribuição do jornal americano The New York Times na madrugada desta quarta-feira (13), no bairro do Queens, em Nova York, em protesto à cobertura enviesada da corporação de mídia sobre a guerra em Gaza.

As informações são da rede de notícias Al Jazeera.

O ato foi organizado pelo Writers Against the War on Gaza e outros, com cartazes como “Parem as prensas! Palestina livre” e “Consentimento ao genocídio é fabricado aqui”.

O Times tornou-se epicentro de controvérsias e denúncias envolvendo uma cobertura racista e pró-guerra adotada pela imprensa corporativa em países ocidentais — incluindo Brasil.

Um vazamento recente expôs a contratação de propagandistas israelenses para produzir matérias sobre estupros e outras atrocidades supostamente perpetradas por militantes do Hamas no envelope de Gaza, em 7 de outubro.

As acusações israelenses, empregues para justificar os ataques indiscriminados a Gaza, carecem de evidências, com testemunhos esparsos ligados ao exército. Israel se nega a permitir que órgãos internacionais investiguem a matéria.

Os manifestantes denunciaram o “consentimento fabricado” pela linha editorial da empresa ao genocídio israelense em Gaza e distribuíram jornais de produção própria com um logotipo escrito “New York Crimes” e a manchete “Pare as prensas! Palestina livre!”.

“Crianças morrem enquanto vocês mentem”, disseram os manifestantes, ao ler os nomes de milhares de palestinos assassinados em Gaza.

Na sexta-feira (8), milhares de manifestantes pró-Palestina voltaram a cessar as operações do Terminal Grand Central de Nova York.

“A situação em Gaza é catastrófica”, reiterou um ativista do Movimento de Jovens Palestinos. “Todos os dias ouvimos das pessoas de Gaza, ‘Hoje é o pior dia de todos’”.

A atriz Susan Sarandon compareceu ao ato.

Nesta quinta-feira (14), ativistas pró-Palestina organizaram um novo protesto, ao bloquear o acesso térreo do edifício do New York Times, em Manhattan, durante uma reunião anual de acionistas e executivos de alto escalão sobre as condições da companhia.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 31.272 mortos, 73.024 feridos e dois milhões de desabrigados. Dois terços das vítimas são mulheres e crianças.

As ações são retaliação a uma operação do Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados. Segundo o exército israelense, cerca de 1.200 pessoas morreram na ocasião.

No entanto, reportagens investigativas do jornal israelense Haaretz mostraram que parte considerável das fatalidades se deu por “fogo amigo”, sob ordens gravadas de líderes militares para que suas tropas atirassem em reféns e residências civis.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

 LEIA: Coalizão espanhola insta governo a suspender comércio tecnológico com Israel

 

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