A coalizão espanhola de esquerda, Sumar, apresentou nesta quarta-feira (13) uma proposta ao parlamento para pressionar o governo a suspender as relações comerciais no setor de tecnologia junto a Israel.
O bloco reivindicou a suspensão imediata das exportações e importações de todos os produtos relacionados a tecnologia israelense utilizada nos massacres contra os palestinos.
A medida foi anunciada em coletiva de imprensa pelas deputadas Tesh Sidi e Gala Pin Ferrando.
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Sidi reiterou que Israel usa tecnologia de inteligência artificial em seus ataques a Gaza. Segundo sua denúncia, o algoritmo israelense alveja randomicamente crianças e mulheres, a fim de aumentar deliberadamente o número de baixas.
Israel, reportou a deputada, usa o povo palestino como cobaia a suas tecnologias de guerra, sobretudo em Gaza.
Os parlamentares pediram fim do comércio tecnológico com Israel, somando-se a apelos por Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) sobre o Estado de apartheid na Palestina ocupada.
Israel costuma utilizar suas sucessivas guerras contra os palestinos de Gaza como laboratório e vitrine a seus armamentos. Desde outubro, bombas de fósforo branco e outras armas desenvolvidas para mutilar as vítimas foram aplicadas em campo, além de drones armados e inteligência artificial para metralhadoras automáticas.
Diversos países adquirem essas armas seja para conduzir seus conflitos em suas respectivas regiões de influência ou reprimir sua própria população.
Em fevereiro, a Colômbia — cujo presidente Gustavo Petro é contumaz crítico das ações israelenses em Gaza — suspendeu a compra de equipamentos militares de Israel. Há apelos para que outros países da região, como Brasil, façam o mesmo.
Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 31.272 mortos, 73.024 feridos e dois milhões de desabrigados. Dois terços das vítimas são mulheres e crianças.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.