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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Rússia chama a ideia dos EUA de construir um píer ao largo de Gaza de “dança sobre ossos”

Palestinos aguardam o lançamento aéreo de ajuda humanitária na praia em Deir al Balah, Gaza, em 27 de fevereiro de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

A Rússia chamou, na quarta-feira (13), a intenção dos EUA de construir um píer ao largo da Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária de “dança sobre ossos”, informou a Agência Anadolu.

Em resposta a uma pergunta da Anadolu em uma coletiva de imprensa em Moscou, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, questionou a seriedade das iniciativas de construção de infraestrutura em uma região devastada pela guerra.

“Essas iniciativas estão dançando sobre ossos, zombando das pessoas, porque, agora, quando civis estão morrendo lá todos os dias, precisamos falar sobre seus destinos, e não sobre alguns projetos futuros ilusórios que, em primeiro lugar, precisam de paz para serem implementados, caso contrário, entenderemos perfeitamente como tudo isso terminará.

“Quando um país não quer nem ouvir – estou falando agora dos Estados Unidos da América – nem mesmo formular um pedido de cessar-fogo, como podemos tratar as iniciativas de construção de infraestrutura civil onde eles não querem um cessar-fogo?”, questionou.

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Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou planos para estabelecer um cais temporário ao largo de Gaza para entregar ajuda humanitária aos palestinos, que passam fome devido ao bloqueio de Israel.

Israel tem realizado uma ofensiva militar mortal na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, um ataque transfronteiriço liderado pelo grupo palestino Hamas, no qual quase 1.200 pessoas foram mortas.

No entanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela Resistência Palestina.

Desde então, mais de 31.272 palestinos, a maioria mulheres e crianças, foram mortos em Gaza, e mais de 73.024 ficaram feridos em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade.

Israel também impôs um bloqueio incapacitante ao enclave palestino, deixando sua população, principalmente os residentes do norte de Gaza, à beira da fome.

De acordo com o Ministério da Saúde da Palestina, pelo menos 27 pessoas morreram de desnutrição e desidratação em Gaza como resultado do bloqueio israelense.

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A guerra israelense levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio a um bloqueio incapacitante da maioria dos alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foram danificadas ou destruídas, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio na Corte Internacional de Justiça. Uma decisão provisória em janeiro ordenou que Tel Aviv parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

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Palestina: quatro mil anos de história
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