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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Tropas israelenses atacam novamente Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza

Tropas israelenses atacam novamente Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza
Tropas israelenses atacam novamente Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza

Tropas israelenses executaram na madrugada deste domingo (17) uma nova invasão ao Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza. O local — maior complexo de saúde do território palestino — foi tomado por tanques e disparos, matando e ferindo dezenas de civis.

As informações são da rede de notícias Al Jazeera.

Em comunicado emitido nesta segunda-feira (18), o exército israelense alegou realizar uma “operação precisa” no perímetro, para combater supostos militantes do grupo palestino Hamas que se “reagruparam” na instalação.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, cerca de 30 mil pessoas — entre médicos, enfermeiros, pacientes e refugiados — estão presas no local. “Todo mundo que tenta sair é atacado por franco-atiradores e drones militares”, alertou a pasta em mensagem no Telegram.

O ataque começou em torno das 2 horas da madrugada (00h00 GMT).

Refugiados em campo relataram disparos “contra tudo que se move … médicos e ambulâncias não podem se mover”.

Conforme reportagem da rede Quds News Network, as forças israelenses cortaram toda a comunicação com al-Shifa após invadir o hospital.

A Al Jazeera em árabe reportou um incêndio no centro de cirurgia.

Segundo testemunhas, Ismail al-Ghoul, correspondente da agência internacional, foi sequestrado e brutalmente agredido por soldados israelenses dentro da instalação de saúde. Outras dezenas de homens e mulheres também foram detidos.

Imagens confirmadas pelo centro Sanad, unidade de verificação de fatos da rede Al Jazeera, mostram dezenas de palestinos tentando fugir de al-Shifa.

 

Os ataques avançaram nesta segunda-feira, com panfletos lançados por aviões israelenses para que as pessoas evacuem al-Shifa e o bairro próximo de Remal, em direção aos arredores de Khan Yunis — também sob ataque das forças de Israel.

Em postagem no Instagram, o jornalista palestino Wadea Abu Alsoud descreveu a situação como “catastrófica”.

“Este pode ser meu último vídeo”, declarou Abu Alsoud. “Estamos sitiados dentro de al-Shifa, sob tiroteio intenso. A ocupação atacou de repente o hospital e os arredores. Como podem ouvir, há intensos disparos em torno de al-Shifa. Ouvimos os barulhos que vêm do portão. Há escombros e estilhaços por todo o pátio”.

Em comunicado, o gabinete de imprensa do governo em Gaza condenou a operação, ao denunciar crime de guerra. “A ocupação israelense insiste em usar narrativas fabricadas para ludibriar o mundo e justificar suas atrocidades em al-Shifa”.

Não é a primeira vez que Israel invade al-Shifa. Em novembro, atacou o hospital sob o mesmo pretexto: de que fora utilizado como base por membros do Hamas; contudo, sem provas, sequer após a operação.

Israel antém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro de 2023, deixando 31.645 mortos e 73.676 feridos, além de dois milhões de desabrigados. Hospitais, escolas, abrigos e mesmo rotas de fuga não foram poupados.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 155 instalações de saúde em Gaza foram danificadas ou destruídas desde a deflagração da ofensiva israelense.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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