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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Melhor resposta a Europa é expandir assentamentos’, desafia ministro de Israel

Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, durante coletiva de imprensa em Jerusalém ocupada, em 11 de janeiro de 2023 [Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images]
Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, durante coletiva de imprensa em Jerusalém ocupada, em 11 de janeiro de 2023 [Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images]

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou nesta segunda-feira (18) que expandir os assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada é a “resposta apropriada” às sanções adotadas pela União Europeia contra colonos que realizam atos de violência.

Segundo o jornal israelense Haaretz, declarou Smotrich: “A falsa campanha de BDS [Boicote, Desinvestimento e Sanções] contra o Estado de Israel está funcionando. Uma campanha inteiramente projetada para difamar Israel [sic]. Se há violência, temos então um sistema de justiça”.

“Só há uma resposta apropriada de nós, sionistas, às declarações da União Europeia: fortalecer e estabelecer assentamentos em todas as partes da Terra de Israel [sic]”, acrescentou em referência aos territórios ocupados da Cisjordânia, Gaza e Jerusalém.

Os comentários de Smotrich são os primeiros de um oficial israelense de alto escalão sobre as sanções europeias. Suas declarações sobre o “sistema de justiça” ignoram o regime de apartheid, sob o qual palestinos são levados a cortes militares enquanto colonos extremistas são frequentemente absolvidos ou sequer indiciados por mecanismos civis.

Nesta segunda-feira, a União Europeia concordou em princípio a impor sanções individuais a colonos que se envolvam em atos de violência contra os palestinos nativos.

Josep Borrell, chefe de política externa do bloco, disse que os 27 Estados-membros chegaram a um consenso sobre as medidas. Segundo Borrell, a decisão inclui a proibição de visto e o congelamento ou mesmo a apreensão de recursos na Europa. A lista dos indivíduos afetados será ratificada em breve.

Desde o início do genocídio perpetrado por Israel em Gaza, em 7 de outubro, colonos e soldados intensificaram seus ataques nos territórios ocupados de Jerusalém e Cisjordânia, além de pogroms a aldeias e cidades palestinas.

Conforme dados da Comissão de Resistência ao Muro e à Colonização (CWRC), colonos conduziram ao menos 2.410 ataques contra palestinos e suas propriedades na Cisjordânia em 2023, incluindo 22 assassinatos — dez após 7 de outubro.

Vinte e cinco comunidades beduínas foram deslocadas à força no último ano — vinte duas das quais desde 7 de outubro.

Estima-se que mais de 720 mil colonos israelenses estejam radicados na Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Todos os colonos e seus assentamentos são ilegais segundo a lei internacional.

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