O Centro de Retorno Palestino (PRC), com sede em Londres, apresentou um relatório às missões da Organização das Nações Unidas (ONU) e a vários representantes britânicos e europeus intitulado “Tortura, violência sexual e violações de direitos humanos contra palestinos de Gaza”.
De acordo com a declaração, emitida na sexta-feira (22), o PRC destacou os testemunhos de vários palestinos em Gaza que “relataram ter sido submetidos a punições e espancamentos severos, enjaulados com cães de ataque e sofrendo agressões sexuais. Evidências físicas – como costelas quebradas, ombros deslocados, marcas de mordidas e queimaduras – ainda eram visíveis muitas semanas depois de serem libertados da prisão”.
Citando uma investigação da ONU, o documento afirmou: “Mulheres e meninas palestinas têm sido executadas arbitrariamente em Gaza, muitas vezes junto com membros da família, incluindo seus filhos.”
Ele citou especialistas da ONU: “Expressando seu extremo choque com os relatos de alvos deliberados e assassinatos extrajudiciais de mulheres e crianças palestinas em locais onde buscaram refúgio ou enquanto fugiam. Algumas delas estavam segurando pedaços de pano branco quando foram mortas pelo exército israelense ou por forças afiliadas”.
O documento abordou, ainda, incidentes em que várias “mulheres e meninas palestinas detidas também foram submetidas a várias formas de agressão sexual, como serem despidas e revistadas por oficiais do exército israelense. Pelo menos duas mulheres palestinas detidas teriam sido estupradas, enquanto outras teriam sido ameaçadas de estupro e violência sexual”.
O PRC concluiu seu relatório pedindo aos Estados-membros da ONU que “condenem as práticas desumanas das forças israelenses contra os palestinos de Gaza e tomem medidas imediatas para pressionar Israel, como sanções econômicas, embargos de armas e protestos diplomáticos para pôr fim à agressão israelense contra os palestinos”.
As forças de ocupação israelenses, com o apoio dos EUA e da Europa, continuam a cometer crimes genocidas na Faixa de Gaza pelo 168º dia consecutivo, lançando dezenas de ataques aéreos, bombardeios de artilharia e cinturões de fogo, enquanto cometem violentos massacres contra civis. A ocupação está cometendo crimes horríveis nas áreas que invadiu em meio a uma situação humanitária catastrófica como resultado do cerco imposto e do deslocamento de mais de 90% da população.
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