O representante permanente da China na Organização das Nações Unidas (ONU), Zhang Jun, anunciou que o projeto de resolução proposto pelos EUA no Conselho de Segurança sobre o Oriente Médio dá luz verde à continuação dos assassinatos na Faixa de Gaza.
Durante a reunião do Conselho de Segurança, o delegado chinês afirmou: “Um cessar-fogo imediato é uma pré-condição fundamental para salvar a vida das pessoas, expandir o acesso humanitário e evitar um conflito maior. A minuta dos EUA contém [apenas] condições preliminares para um cessar-fogo, essencialmente dando luz verde para mais assassinatos. Isso é inadmissível. A minuta também é extremamente desequilibrada em vários outros aspectos”.
A Argélia, a China e a Rússia já haviam se oposto ao projeto de resolução dos EUA, impedindo sua aprovação.
O representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, descreveu o projeto de resolução dos EUA sobre Gaza como extremamente politizado, observando que os EUA ignoraram as propostas apresentadas pela Rússia e por outros países.
Nebenzya observou que uma minuta de resolução alternativa preparada por vários membros não permanentes foi apresentada ao Conselho de Segurança, acrescentando que se tratava de um “documento equilibrado e apolítico”. Nebenzya afirmou que acredita que esse documento poderia ser adotado, porque ele pede claramente um cessar-fogo e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns.
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