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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Apesar do genocídio, palestinos realizam jantar do Ramadã nas ruas de Rafah

Refugiados palestinos realizam jantar do Ramadã (iftar) nas ruas de Rafah, na Faixa de Gaza, em 24 de março de 2024 [Anas Zeyad Fteha/Agência Anadolu]

Centenas de palestinos se reuniram para realizar um iftar — refeição ao pôr-do-sol, que rompe o jejum do Ramadã — nas ruas de Rafah, no extremo sul de Gaza, apesar da campanha israelense que se avizinha da cidade. A iniciativa buscou auxiliar os 1.5 milhão de refugiados na região, presos contra a fronteira egípcia, com pouquíssima assistência humanitária.

“Decidimos organizar e compartilhar este jantar, ao servir arroz e carne, diante da guerra ainda em curso”, comentou Musallam Ahmed, uma das pessoas por trás da iniciativa, à agência Anadolu. “Nosso objetivo é levar alegria aos corações daqueles que jejuam nessas circunstâncias terríveis, ao lhes proporcionar uma refeição rica e nutritiva”.

Ativistas e governos internacionais alertam contra os planos israelenses de invasão por terra a Rafah e suas consequências catastróficas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insiste na operação, mesmo a contragosto dos Estados Unidos, ao sugerir a expulsão dos palestinos de Gaza ao território egípcio do deserto do Sinai — crime de transferência compulsória e limpeza étnica.

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Em 15 de março, o gabinete de Netanyahu confirmou ter aprovado os planos da operação militar. Não há cronograma à ação até então.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 32.333 mortos e 74.694 feridos, além de oito mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados. Entre as fatalidades, estão 13 mil crianças e quase nove mil mulheres.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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