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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel alerta países europeus contra reconhecimento do Estado palestino

Ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, conversa com jornalistas após encontro de chanceleres da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica, em 22 de janeiro de 2024 [Dursun Aydemir/Agência Anadolu]

Israel alegou nesta segunda-feira (25) que os esforços de quatro países europeus para reconhecer um Estado palestino — conforme a lei internacional — seria equivalente a “premiar o terrorismo”, ao novamente rejeitar negociações para uma solução à crise na região.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Na sexta-feira (22), a Espanha reiterou que, em nome da paz do Oriente Médio, concordou com Irlanda, Malta e Eslovênia em assumir os primeiros passos para reconhecer um Estado independente da Palestina nos territórios ocupados da Cisjordânia e Gaza.

Segundo o ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, no entanto, “reconhecer um Estado palestino após 7 de outubro envia uma mensagem ao Hamas e outros terroristas palestinos [sic] de que ataques assassinos [sic] contra israelenses serão recebidos com gestos políticos favoráveis”.

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Katz sugeriu negociações, embora sem apresentar cronograma ou esforços efetivos.

As conversas permanecem paralisadas desde 2017, sob a intransigência de Israel. Desde a deflagração da crise em Gaza, o Estado israelense busca procrastinar ou sequer participa de negociações por cessar-fogo, mediadas por Estados Unidos, Egito e Catar.

De sua parte, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se vangloria de impedir o estabelecimento de um Estado palestino. Sua coalizão abarca núcleos de extrema-direita, entre os quais fundamentalistas e supremacistas judaicos.

Segundo analistas, Netanyahu insiste em sabotar um cessar-fogo por interesse próprio, sob receios do colapso de seu governo e subsequente condenação à cadeia, nos casos de corrupção, propina e crime de responsabilidade dos quais é réu.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas que capturou colonos e soldados. Segundo o exército israelense, cerca de 1.200 pessoas morreram na ocasião.

Entretanto, reportagens do jornal Haaretz mostraram que uma parcela considerável das fatalidades se deu por “fogo amigo”, sob ordens gravadas de chefes militares de Israel para que suas tropas atirassem em reféns e residências civis.

LEIA: Como a “luta contra o antissemitismo” se tornou um escudo para o genocídio de Israel

Em Gaza, são 32.333 palestinos mortos e 74.694 feridos desde 7 de outubro, além de oito mil desaparecidos e dois milhões de pessoas desabrigadas pelas ações de Israel. Entre as fatalidades, são 13 mil crianças e quase nove mil mulheres.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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