Israel proibiu milhares de cristãos palestinos radicados na Cisjordânia ocupada de entrar na cidade de Jerusalém para participar das celebrações do Domingo de Ramos, festividade religiosa que antecede a Páscoa. Tropas israelenses foram posicionadas em peso nos checkpoints ao redor de Jerusalém e nas ruas e vielas da Cidade Velha.
O cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, celebrou uma missa do Domingo de Ramos na manhã de domingo (24) na Igreja do Santo Sepulcro, na Cidade Velha. Bispos, monges, freiras e sacerdotes participaram do evento, porém com um número restrito de outros fiéis, reduzidos a habitantes de Jerusalém ou do território designado Israel.
Autoridades israelenses exigem de palestinos — muçulmanos e cristãos — que obtenham licenças especiais para entrar em Jerusalém e seus santuários, sobretudo a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro. As revistas são frequentes e abusivas e licenças costumam ser indeferidas arbitrariamente.
As igrejas da região cancelaram todas as celebrações dos feriados de Páscoa, salvo missas, preces e ritos anuais, em solidariedade a Gaza, sob genocídio israelense.
O número de peregrinos em Jerusalém também foi reduzido, devido ao cancelamento de voos à região e aumento das restrições israelenses a estrangeiros, em alguns casos, em retaliação a posição de governos internacionais por um cessar-fogo.
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Igrejas em Jerusalém, Belém, Jericó e Gaza seguem o calendário ocidental para a Páscoa e o Domingo de Ramos. Igrejas em Ramallah, Nablus e Jenin celebram as festas segundo o calendário oriental ortodoxo.
Em Belém, a missa de Ramos foi realizada na Igreja Latina de Santa Catarina, adjacente à Igreja da Natividade. Missas ocorreram em outras igrejas da cidade, assim como em Jericó e nas aldeias de Beit Sahour e Beit Jala, também na Cisjordânia.
Na Cidade de Gaza, apesar dos ataques israelenses por terra e ar, a missa de Ramos foi conduzida na Igreja Latina da Sagrada Família.
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