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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

BBC admite possível “erro” na cobertura da denúncia do genocídio israelense

Nesta ilustração fotográfica, o logotipo do noticiário da BBC é exibido em um smartphone, em fevereiro de 2023 [Omar Marques/SOPA Images/LightRocket via Getty Images]

Questionado pelo secretário de imprensa britânico, o chefe de política editorial da BBC disse, na segunda-feira (25), que a emissora pode ter “cometido um erro” ao fazer uma cobertura desigual dos procedimentos no caso de genocídio que Israel está enfrentando na Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), informou a Agência Anadolu.

Em uma sessão com legisladores do Comitê de Mídia do Parlamento, o diretor de Política e Padrões Editoriais da BBC, David Jordan, abordou as preocupações sobre a decisão da emissora de transmitir toda a defesa israelense em Haia, enquanto mostrava apenas fragmentos dos contra-argumentos da África do Sul.

Julie Elliott, membro do parlamento do partido trabalhista de oposição, levantou a questão, sondando a justiça e a parcialidade da cobertura e destacando particularmente a discrepância no tempo de transmissão entre os dois lados.

Quando pressionado por Elliott, Jordan reconheceu que a cobertura da BBC no Reino Unido não oferecia equivalência absoluta entre as apresentações feitas à TIJ.

Ele ressaltou que, embora a produção internacional tenha coberto os dois lados do conflito igualmente, a transmissão do Reino Unido teve uma disparidade em sua cobertura ao vivo durante esses dois dias.

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“Quando eles analisaram, quando as notícias foram analisadas em retrospecto, eles pensaram que talvez tivessem cometido um erro ao não tornar os dois eventos de cobertura ao vivo semelhantes ou iguais”, disse ele.

“Foi realmente uma decisão editorial difícil sobre qual audiência eles escolheram”, explicou Jordan, observando ainda que a equipe de notícias reconheceu a necessidade de possíveis ajustes, afirmando: “O jornal disse que, se eles pensassem sobre isso novamente, poderiam ter feito “é diferente”.

Israel é acusado de genocídio no TIJ. Uma decisão provisória em janeiro ordenou que Tel Aviv parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

Tel Aviv empreendeu uma ofensiva militar mortal no território palestino desde um ataque transfronteiriço do grupo palestino Hamas, no qual cerca de 1.200 israelenses foram mortos.

Entretanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela Resistência Palestina.

Desde então, mais de 32.333 palestinos foram mortos e mais de 74.694 ficaram feridos em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade.

A guerra israelense, agora em seu 171º dia, levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.

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