O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, associou a crise na Faixa de Gaza sitiada, sob bombardeios massivos de Israel, à cidade de Hiroshima, no Japão, após o ataque nuclear dos Estados Unidos, no fim da Segunda Guerra Mundial.
Ao comentar a catástrofe de fome em Gaza, Petro observou na rede social X (Twitter): “Quando os Estados Unidos lançaram sua bomba atômica em Hiroshima, mais de 77 mil pessoas morreram. Hoje, em um país muito menor do que o Japão, a Palestina, e em uma cidade menor do que Hiroshima, são 32 mil pessoas mortas pelos bombardeios. A história se repete”.
Petro acusou as superpotências de subjugar o planeta a sua força militar.
Petro “convidou” os Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) a romper laços com Israel caso este desrespeite a resolução do Conselho de Segurança por cessar-fogo imediato em Gaza, até o fim do Ramadã, aprovada nesta segunda-feira (25).
“Se Israel não cumprir a resolução por cessar-fogo, romperemos relações diplomáticas com Israel”, declarou o presidente colombiano.
A resolução — vetada três vezes pelos Estados Unidos nos últimos seis meses — passou com unanimidade dos 15 membros do conselho, salvo abstenção americana. A aprovação da medida, embora insuficiente para conter a crise, sugere mudança de posição da Casa Branca, sob contundente crise interna em plena campanha eleitoral.
Si Israel no cumple la resolución de Naciones Unidas de Cese al Fuego rompemos relaciones diplomáticas con Israel.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) March 26, 2024
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 32.333 mortos e 74.694 feridos desde 7 de outubro, além de dois milhões de desabrigados.
Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.