Israel matou cerca de seis mil estudantes e feriu outros dez mil desde o início de sua campanha militar contra Gaza, em 7 de outubro, confirmou nesta terça-feira (26) o Ministério da Educação da Palestina. Na Cisjordânia ocupada, foram 55 estudantes mortos, 329 feridos e 103 presos no mesmo período.
Segundo a nota, ao menos 264 professores e administradores foram mortos em Gaza, além de 960 feridos. Seis professores foram feridos e 73 foram presos na Cisjordânia.
O ministério destacou que 286 escolas públicas e 65 escolas da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) foram bombardeadas ou vandalizadas pelas forças ocupantes em Gaza. Destas, cento e onze foram severamente danificadas e ao menos 40 foram completamente destruídas.
Na Cisjordânia, tropas israelenses invadiram e vandalizaram 57 escolas.
Em Gaza, diante da catástrofe humanitária, ao menos 133 escolas públicas se converteram em abrigos aos palestinos deslocados pela varredura norte-sul imposta por Israel.
O ministério observou ainda que 620 mil alunos de Gaza são privados de seu direito à educação pelas ações israelenses — a maioria sob trauma psicológico, fome e doenças.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 32.490 mortos e 74.889 feridos, além de oito mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados. Entre as mortes, são 13 mil crianças e quase nove mil mulheres.
Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de janeiro, Tel Aviv ainda impõe um cerco militar absoluto aos 2,4 milhões de palestinos de Gaza — sem água, comida, medicamentos, energia elétrica ou combustível.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.