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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Mãe palestina teme pela vida de seus trigêmeos sob cerco israelense

Naziha Avad foi forçada a deixar o Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, rumo ao sul devido aos violentos ataques de Israel contra a maior instalação de saúde do território sitiado.

A mãe de trigêmeos — Melek, Hidir e Mustafa — teme pela vida de seus filhos devido ao cerco militar que lhes priva de comida e medicamentos, além dos bombardeios de Israel que acossam a família. Os bebês estão desnutridos e já mostram considerável perda de peso.

Forças da ocupação israelense invadiram al-Shifa — onde milhares de pacientes e refugiados se abrigavam — em 18 de março, há cerca de uma semana, deixando um rastro de devastação e brutalidade, inclusive com relatos de estupro.

Israel reincidiu em seu pretexto de que o local abrigava militantes do grupo Hamas, para invadir al-Shifa pela segunda vez — novamente, sem provas sequer após a operação.

Segundo o gabinete de imprensa do governo de Gaza, mais de 250 palestinos foram executados na instalação médica.

Avad, de 44 anos, relatou à agência Anadolu que ela e seus filhos compartilham hoje uma tenda com outra família de deslocados palestinos, sem ter para onde ir. Avad pediu comida e cuidados médicos a suas crianças, ao enfatizar as condições severas que enfrentam.

Israel invade hospitais na Faixa de Gaza [Omar Zaghloul/Agência Anadolu]

Organizações internacionais, incluindo agências das Nações Unidas e o Conselho de Segurança, pedem um cessar-fogo imediato em Gaza, incluindo acesso humanitário. Todavia, sem o aval de Israel. De acordo com a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), a fome “está por toda a parte”.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 32.490 mortos e 74.889 feridos, além de oito mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados. Entre as mortes, são 13 mil crianças e quase nove mil mulheres.

Escolas, hospitais, abrigos e mesmo rotas de fuga não foram poupados.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de janeiro, Tel Aviv ainda impõe um cerco militar absoluto aos 2,4 milhões de palestinos de Gaza — sem água, comida, medicamentos, energia elétrica ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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